Collor tem pressa, mas Renan não tem

26/01/2014 11h11

O senador Collor (PTB) tende a administrar um cenário de turbulências e não de céu de brigadeiro para montagem da chapa de Oposição ao governo tucano Teotônio Vilela(PSDB). Ele luta para ter uma rápida definição do senador Renan (PMDB), que parece não ter pressa e que só vai se definir sobre candidatura em março. Se quiser contar com o apoio peemedebista e o tempo do partido na televisão, Collor terá que aguardar mais uns dois meses. Aliados do presidente estadual do PMDB e presidente do Senado abrem o jogo informando, em off, que o anúncio só deverá sair lá pra março. Relatam que Renan precisa de tempo para continuar percorrendo o Estado e conversando com as lideranças partidárias, tanto agora como depois do nome do candidato ser conhecido. Enquanto isso, sem resposta do presidente do Senado e do PMDB estadual em Alagoas, Collor anda se articulando para tentar alavancar uma candidatura alternativa ao governo. Por meio de sua assessoria, o senador petebista e presidente estadual do partido planta na imprensa a possibilidade de o ex-prefeito de Maceió, Cícero Almeida(PRTB), ser o candidato ao governo pela chapa de Oposição.

Collor tem um aliado nessa pressa: o ex-governador Ronaldo Lessa

Pelo jeito, o senador do PTB, que está em campanha pela reeleição, na única vaga em disputa para o Senado em outubro deste ano, só deseja mesmo fazer uma dobradinha com o senador Renan. Mas este, por enquanto, continua se articulando e ouvindo a todos para então anunciar o candidato do PMDB para disputar a sucessão de Téo Vilela. Renan tenta despistar a imprensa, mas basta olhar sua agenda em Alagoas neste período de recesso parlamentar, em que está livre da avalanche de compromissos na Capital Federal, o presidente do Congresso Nacional tem se articulado com todas as lideranças do interior e capital, principalmente do PMDB, para tratar da agenda sucessória. Na próxima semana Renan deverá ter uma conversa reservada com o vice-governador José Thomaz Nonô. Nos bastidores, o comentário é que o vice-governador, ao contrário de Collor, observa com muita simpatia a candidatura de Renan Filho. Talvez, neste encontro quem sabe, poderá formatar uma dobradinha: Nonô senador e Renan Filho governador. Essa possibilidade pode deixar Renan bem à vontade e com uma boa impressão de que o senador pode bater o martelo, mas só anunciar em março, enquanto Collor continua a esperar, circulando inclusive em várias festas religiosas, onde participa ativamente de procissões como aconteceu em Penedo, Paripueira, Capela e Limoeiro de Anadia. Ele precisa, de fato, da proteção dos santos.