Dilma fecha acordo de apoiar PMDB de Alagoas

11/03/2014 10h10

Renan CalheirosNa reunião entre a presidente Dilma e os peemedebista, entre eles, o presidente do Senado, Renan Calheiros ficou acertado que em Alagoas o PT vai marchar com o PMDB. Havia antes, um compromisso de o PT apoiar Renan pai e não seu filho, mas agora a promessa é de apoio a quem o PMDB indicar. Após quase dez dias de pesada troca de acusações entre dirigentes do PT e do PMDB, a presidente Dilma Rousseff conseguiu vencer sua primeira batalha para baixar o nível da crise política com o principal partido aliado do governo. Após se reunir com os três principais caciques do PMDB no Senado — o presidente Renan Calheiros (AL) e os líderes do partido, Eunício Oliveira (CE), e do governo, Eduardo Braga (AM) — Dilma assegurou, ao menos por ora, que a crise centrada na Câmara, e ainda não debelada, não contamine a relação com a bancada peemedebista no Senado. O clima melhorou nesta segunda-feira após a presidente sinalizar apoio a palanques estaduais do PMDB. No fim do dia, o vice-presidente Michel Temer garantiu que a aliança nacional está “garantidíssima”. Como a bancada peemedebista na Câmara anunciou que não indicará nomes para a reforma ministerial, a presidente sugeriu aos senadores que deixaria com eles a tarefa de indicar os sucessores dos dois ministérios da cota dos deputados (Agricultura e Turismo), o que elevaria para quatro o número de ministérios da bancada do Senado. Mas as negociações de fato prosperarem quando a presidente prometeu o apoio do PT ao PMDB nos estados de Goiás, Maranhão, Rondônia, Alagoas, Paraíba e Tocantins. Embora tenham pouca densidade eleitoral, esses estados são base de alguns dos principais senadores do partido, como Renan, o ex-presidente José Sarney (MA), o presidente nacional da legenda Valdir Raupp (RO) e o senador Vital do Rêgo (PB), indicado pelo partido para ocupar um ministério. Ficou marcada para quinta-feira uma reunião dos presidentes do PMDB, Valdir Raupp, e do PT, Rui Falcão, com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o vice Michel Temer para tentar avançar nas negociações das chapas regionais.