O vice-governador de Alagoas José Thomaz Nonô (Democratras) participou da solenidade de posse dos novos ministros da república do governo Dilma Rousseff, ontem em Brasília. Duas coisas chamaram atenção, o telefonema pessoal do agora ministro das Cidades Gilberto Occhi para convidar Nonô para cerimônia; e o fato da presença do vice-governador ser citada pela presidenta.

Os dois fatos mostram a simpatia que o governo PT tem pelo vice-governador alagoano. Thomaz Nonô, que fez por muitos anos oposição, é visto com carinho pela presidenta Dilma Rousseff. Nonô nunca negou os trabalhos do Governo Federal em prol de Alagoas, o que agradou ao governo petista. Entre as ações federais, está o auxílio ma reconstrução das cidades atingidas pelas enchentes de 2010. Em Alagoas, o "Programa da Reconstrução" é coordenado pelo vice-governador Nonô e já foi declarado pelo Tribunal de Contas da União como um projeto bem sucedido. E foi justamente durante a coordenação da "Reconstrução", que o vice-governador se aproximou de Gilberto Occhi, então superintendente da Caixa Econômica Federal. Occhi foi um dos interlocutores do processo em Brasília, em especial no Ministério das Cidades, nas resoluções das demandas apresentadas por Nonô. Na solenidade de posse, a presidente da República Dilma Rousseff fez as boas-vindas aos governadores, e no meio de tantos políticos - senadores, deputados - somente fez menção ao vice-governador Nonô. O nome de José Thomaz Nonô também é um dos que mais ecoam positivamente nacionalmente entre partidos como PSDB e PSB, cujo os presidentes Aécio Neves e Eduardo Campos são amigos do vice-governador e os correligionários colegas de 24 na Câmara Federal. Nonô é presidente estadual do Democratas, pré-candidato ao governo do Estado para a sucessão de Téo Vilela. No xadrez eleitoral também é apontado como possível candidato ao Senado. A experiência política faz com que Thomaz Nonô seja cauteloso e paciente sobre a definição do "grupo palaciano". Assumiram nesta segunda Miguel Rossetto, no ministério do Desenvolvimento Agrário; Gilberto Occhi, no ministério das Cidades; Clelio Diniz, na Ciência, Tecnologia e Inovação; Neri Geller, na pasta da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Vinicius Nobre Lages, no ministério do Turismo. O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) substituirá o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) no ministério da Pesca e Aquicultura.