Dúvida de Paulão sobre reeleição é cruel

28/03/2014 10h10

Paulao2O PT adiou sua posição de fechar com o PMDB de Renan Calheiros porque o presidente do partido, deputado federal Paulão, vive uma dúvida cruel: o que está em jogo é a sua própria sobrevivência política garantindo a sua reeleição. Para fechar a majoritária, o PT do Paulão tem um ingrediente que pode levar a corrente dele a se convencer de que é o melhor caminho: a viabilidade da chapa proporcional. Pelos cálculos em cima do quociente eleitoral, se o PT ficar na aliança com candidato do PMDB e PRTB, o Paulão corre o risco de não emplacar a reeleição porque não teria 90 mil votos. Acima de Paulão na proporcional, tem mais de 100 mil votos: os peemedebistas Luciano Barbosa e Marx Beltrão, ambos ex-prefeitos de Arapiraca e Coruripe, respectivamente. E ainda corre o risco de perder a terceira vaga, para o ex-prefeito de Maceió, Cicero Almeida. Paulão PT tenta uma união com o ex-governador Ronaldo Lessa, que também é cotado para ter 100 mil votos. E se Lessa ficar na coligação do PMDB e PRTB piora ainda mais as chances do deputado petista fadado a ficar mais uma vez na suplência. E o "namoro" com a turma do senador Benedito de Lira (PP) é por uma razão: dos candidatos à reeleição apenas Givaldo Carimbão (PROS) é postulante a ter 100 mil votos. Como a prioridade do comando nacional do PT é garantir o palanque forte para a reeleição de Dilma, a decisão deve acontecer para uma opção de apoiar o candidato do presidente do Senado, Renan Calheiros, na majoritária do governo. Paulão anda mais inclinado por ficar com Renan, mas o seu assessor especial, petista Adelmo dos Santos, abriu a porta para um diálogo mais forte com o senador Biu. Adelmo ainda levaria com ele os petistas Ronaldo Medeiros, Cleber Costa, Thomaz Beltrão e Isaac, da CUT. O Judson Cabral ainda não definiu sua posição. A favor de ficar com Renan, tem o ex-presidente Joaquim Brito, Marquinhos Madeira - por ser adversário ferrenho do senador Biu em Maragogy, que apoia o tucano Fernando Lyra,sobrinho do senador pepista, Rosiana Beltrão e ainda: Lula e Dilma. A proporcional estadual também estará em jogo. É dificil subir de três atuais representantes na ALE, mesmo com a chapa reforçada do delegado aposentado Pinto de Luna, Rosiana Beltrão e Cleber Costa. Dos atuais, alguém pode cair já que é garantida a reeleição de Judson Cabral e Ronaldo Medeiros.