As candidaturas e as redes sociais

30/06/2014 19h07

As campanhas ainda não estão nas ruas e as composições políticas seguem pelo menos até o próximo dia 30 quando se encerra o prazo para as convenções partidárias. Os principais candidatos ao Governo estão postos: Renan Filho, Eduardo Tavares e Benedito de Lira. Renan foi o único que começou suas ações nas mídias sociais mais profissionalmente, Eduardo e Biu de Lira ainda aparecem timidamente, pelo menos na aparência e conteúdo do material postado, nessas redes que, sem dúvida, se tornaram ferramentais da mais alta importância no marketing político moderno e eficiente. A ideia da utilização de ações nas mídias sociais já deve estar inserida nos planos de todos os candidatos , mas a pergunta é: Será que candidatos e equipes de campanha estão preparados para enfrentar o desafio das mídias sociais? Se levarmos em consideração o que vimos até agora, podemos dizer que ainda não. Nos parece que os candidatos entendem que marketing eleitoral nas mídias sociais seria apenas uma questão de jogar para o formato digital, peças criadas para o marketing político convencional, o que certamente não é o caminho. A implementação de uma campanha política nas mídias sociais, na verdade é o segundo passo de uma decisão anterior, a de ter uma presença digital séria e bem estruturada. O uso das mídias sociais em uma campanha eleitoral é uma complementação de outras ações de presença digital como, por exemplo, a criação de um site ou blog onde o candidato possa apresentar seu perfil detalhado, ideias, propostas e programa de governo. O marketing político nas mídias sociais parte do pressuposto da criação de um relacionamento mais próximo entre o candidato e seu eleitorado, já que é essencialmente, marketing de relacionamento. É essa a ideia das redes sociais, criar um canal rápido, fácil e barato para que o candidato possa dialogar com os eleitores e eles com os candidatos. É essa última parte que faz toda a diferença nas campanhas de marketing eleitoral nas mídias sociais; o retorno do candidato para os eleitores e o uso desse feedback como base para o refinamento de propostas de campanha. O marketing político nas mídias sociais parte de dois posicionamentos básicos em relação à audiência nas redes sociais:

Interação com o eleitor A troca de informações e opiniões entre candidato e eleitores sobre as questões do dia a dia. A construção colaborativa e em tempo real de propostas de governo através da participação dos eleitores nos diversos canais digitais.

Engajamento da audiência O engajamento se reflete através da participação do público da mídia social como repassadores das mensagens de campanha. A criação e consolidação de uma militância digital capaz de multiplicar o público impactado pelas mensagens enviadas e defender os elementos da proposta de governo. Sem estes elementos a campanha de marketing político nas mídias sociais não fará o mínimo sentido já que em primeiro lugar, não terá caráter elucidativo e em segundo lugar não resultará em nenhum acréscimo de valor à proposta inicial.

Recado aos três principais candidatos: quem seguir as regras à risca com certeza obterá mais resultados positivos e poderá fazer a diferença diante do adversário que não seguir. (Com informações da Academia do Marketing).

Jose Thomaz NonononoA falta que fará Thomaz Nonô O vice-governador José Thomaz Nonô definitivamente decidiu que não será candidato a nenhum cargo nas próximas eleições. Recebeu convite e aceitou ser coordenador da campanha do presidenciável Aécio Neves na região Nordeste. Com sua decisão perde a política e perde Alagoas. É sem dúvida um dos mais preparados para o exercício da política e da administração pública e isto está demonstrado em sua vasta experiência e brilhante carreira . Na Câmara dos Deputados teve destaque nacional no desempenho de cinco mandatos consecutivos, sempre com uma postura ética exemplar e uma bagagem de conhecimento invejável. Como vice-governador foi um parceiro presente em todos os grandes momentos da administração, ajudado o governador Teotônio Vilela a operar as transformações que foram possíveis. É lamentável que não seja candidato. Deixa uma lacuna na política honrada de Alagoas.

Segurança: cada um cuida da sua Depois de ter grande número de agências depredadas nos protestos dos black blocs em diversas cidades, o Banco Itaú decidiu camuflar suas instalações. Estão sendo instaladas portas prateadas de metal em toda a extensão da parte da frente das agências que ficam em locais onde são realizadas manifestações. De dia, tudo normal. Mas à noite as portas de metal são baixadas e a agência fica camuflada. A solução é criativa e certamente acabará sendo adotada por outros bancos e organizações comerciais. A verdade é que se perdeu completamente o controle da situação diante dos vândalos, que agem à vontade, como se estivessem acima da lei e da ordem. Para se ter uma ideia da omissão do poder público, somente agora, depois que mais cinco agências bancárias e uma concessionária de veículos foram depredadas em São Paulo, é que o governo decidiu passar a prender os baderneiros.

Dilma: A ordem é “aparelhar” A recém-criada Política Nacional de Participação Social, através do tresloucado decreto 8.243, por dona Dilma, caminha a passos largos para o seu lugar apropriado: a lata do lixo. A infeliz iniciativa vem sofrendo ferrenhos ataques não apenas de setores da oposição, mas de renomados juristas e de partidos da base aliada, que consideram a anomalia como nova tentativa do governo na busca de aparelhar a administração. Há quem diga que o governo “tentou testar a tolerância do Congresso Nacional” no que se deu muito mal. O presidente do Senado, Renan Calheiros, reagiu prontamente e se colocou contra a medida absurda. Um grupo de parlamentares e também a Ordem dos Advogados do Brasil vão contestar o decreto no Supremo Tribunal Federal. São ações petistas tentando transformar o Brasil em uma republiqueta com carimbo bolivariano. Lições dos insanos Chávez e Fidel certamente.

Somando pontos positivos O prefeito Rui Palmeira ao ultrapassar a metade do seu segundo ano de administração já pode contabilizar avanços importantes o que significa o inicio de uma nova fase e a execução de novos e importantes projetos para Maceió, principalmente no quesito tão falado: mobilidade urbana. Neste segundo semestre novas avenidas serão “rasgadas” e obras importantes terão inicio conforme asseguram fontes oficiais. Os setores de Saúde e Educação tendem a melhorar, bem como o investimento pesado em ações sociais e comunitárias. Em recente avaliação a população já responde positivamente ao trabalho que vem sendo executado, parte com recursos próprios ou com verbas do Governo Federal, bem aplicadas,

Palavras dos candidatos:

O que disse Benedito de Lira “O Estado de Alagoas precisa de todos. Alagoas deveria se unir, independentemente de ganância ou coisa que o valha, pelo poder. Quero o doente sendo tratado, quero a Segurança cuidando de nosso povo”

O que disse Eduardo Tavares “Uma das minhas prioridades na segurança é a edificação de mais presídios, mas, que sejam construídos longe dos lugares urbanos, e que possam oferecer um tratamento mais humano, mais digno aos presos. Isso somado ao aumento do quantitativo policial nas ruas para garantir o direito de ir e vir das pessoas”.

O que disse Renan Filho “Conversei e pude ouvir as comunidades, como venho sempre fazendo. A saúde da mulher é ponto importante para promover avanços em Alagoas. É meu compromisso investir na promoção da saúde da mulher. Precisamos facilitar o acesso à saúde pública em Maceió e no interior”.

Para refletir: Como recomendava Ibrahim Sued: “Não convidem Lula e Dilma para o mesmo evento social. A coisa está ficando cada dia mais feia”. (De um frequentador do Palácio do Planalto).