Exploração turística, um sonho no papel

21/11/2014 09h09

fotocannionEncravada no Sertão alagoano, Olho D`água do Casado poderia muito bem reduzir a sua pobreza franciscana se seu potencial turístico fosse encarado por políticas públicas arrojadas. A cidade ocupa parte do território dos cânions do São Francisco, que atrai turistas do mundo inteiro. A TV Globo já usou o cenário para cenas da novela Cordel Encantado e a mini série Amores Roubados. Hoje a TV Globo mostra no Globo Reporter à noite, com âncora Francisco José reporter especial da TV Globo do Recife, uma reportagem completa sobre o potencial alagoano esquecido pelo turismo estadual de Alagoas, inclusive o trade turístico. O ministro do Turismo, alagoano Vinicius Lages prometeu ainda este ano circular na região com o empresário Fernando Farias, um dos proprietários da fabrica textil de Delmiro Gouveia e ainda tendo como cicerone o advogado Luiz Gonzaga Mendes de Barros, um dos apaixonados e frequentador do restaurante Ecólogico do empresário Leleu Gomes. O passeio parte de Olho D’Água do Casado e se estende até o município de Delmiro Gouveia. No percurso, o turista além de contemplar um cenário de rara beleza, ainda recebe informações sobre a formação geológica, bioma da caatinga e sobre a fauna local. Dez quilômetros após o entroncamento da cidade em direção a Delmiro Gouveia há uma rota alternativa para chegar ao "Restaurante Ecológico Castanho", ponto de apoio e local de contemplação para àqueles que buscam maior contato com a natureza selvagem. “Quem chega aqui se encanta, mas não temos sequer acesso para levar o turista até o São Francisco”, reclama prefeito tucano José Gualberto. Segundo ele, o Governo Federal não fez muito no município, além dos programas sociais. “Só recebemos as máquinas agrícolas do PAC, uma creche e um posto médico de saúde básica”, afirmou. O contraste maior do município está na zona rural: às margens do rio São Francisco, as comunidades rurais continuam sendo abastecidas por carros pipas porque não existem programas de irrigação nem adutoras. A Prefeitura gasta mais de R$ 30 mil por mês com o aluguel de quatro carros pipas. Com potencial para exploração da cultura do caju e mandioca, o município até se animou com investimento da União num projeto de irrigação avaliado em R$ 54 milhões. “O Governo começou a execução, mas ficou parou não chegando a 30% da obra”, revela o presidente do assentamento Nova Morada, Iranildo Manoel da Silva.