Eduardo Magalhães entrega cargo na executiva do PSDB

03/02/2015 16h04
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O cientista político Eduardo Magalhães pediu desligamento da executiva regional do PSDB de Alagoas, onde atuou por mais de 20 anos. Magalhães era tesoureiro do partido e uma das figuras mais expressiva dos tucanos alagoanos. Sua atitude significa na prática mais um episódio de esvaziamento da legenda em Alagoas. Eduardo Magalhães tem sido, por muito tempo, um dos principais assessores de Teotonio Vilela Filho, desde a época em que o ex-governador exerceu, por 20 anos, o mandato de senador. Nos oito anos de Téo como governador de Alagoas, ele continuou integrando o seleto grupo de pessoas de confiança, exercendo também a assessoria internacional. Por conta dessa confiança e da sua fidelidade a Téo Vilela, na campanha de 2014 o cientista político atendeu aos apelos do amigo governador e, na falta de outro quadro tucano, no dia da convenção visando a eleição majoritária aceitou ser candidato a Senador. Ficou por pouco tempo como candidato, pois desistiu diante da inviabilidade da própria campanha do PSDB. O PSDB vive certamente o seu pior momento em Alagoas, por conta da decisão de Téo Vilela, no ano passado, de não ser candidato ao Senado e de impor a candidatura do promotor Eduardo Tavares Mendes a governador, mesmo seu grupo tendo como pré-candidatos José Thomaz Nonô, Benedito de Lira, Alexandre Toledo, Luiz Otávio Gomes e Marco Fireman. A decisão de Téo desagradou não apenas aos pré-candidatos, mas também as lideranças do PSDB. Tanto assim que Eduardo Tavares desistiu e foi substituído pelo jornalista Júlio Cezar, que não teve o apoio de quase nenhum tucano. Até o presidente do partido, Pedro Vilela, candidato a deputado federal, chegou a fazer campanha com Renan Filho, candidato a governador do PMDB. No PSDB, que não teve candidato a senador, Júlio Cezar teve uma votação bastante inexpressiva a governador, muito longe de Renan Filho e de Benedito de Lira. O partido elegeu apenas Pedro Vilela para a Câmara dos Deputados e só fez quatro deputados estaduais graças à estupenda votação de Rodrigo Cunha, o mais votado do Estado. Como não renovou suas lideranças, o partido continua tendo em Téo Vilela, hoje sem mandato, sua principal figura. Os poucos prefeitos e vereadores que ainda restam dificilmente se manterão no partido para a eleição de 2016, em que renovarão mandato.