Renan avisa Dilma daqui para frente será 'guerra'

09/03/2015 08h08

renan7O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), não pretende afastar-se do cargo durante as investigações da Operação Lava Jato. Tanto ele como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), serão investigados pela Polícia Federal por suposto envolvimento com o escândalo da Petrobras. Renan já avisou a Dilma Rousseff que daqui para a frente será “guerra”. Ele não foi ao jantar com Dilma, terça-feira da semana passada, no qual esteve presente a cúpula do PMDB, e no dia seguinte devolveu ao Palácio do Planalto a Medida Provisória do ajuste fiscal. Irritado com a inclusão do seu nome na lista do procurador, e convencido de que o Ministério da Justiça estaria por trás do fato, o senador alagoano diz que nada tem a temer e criticou o procurador Rodrigo Janot por não ter-lhe dado o direito de defesa. Veja a íntegra de sua nota, divulgada na última sexta-feira, à noite:

“Nas democracias, todos – especialmente os homens públicos -, estão sujeitos a questionamentos, justos ou injustos. A diferença está nas respostas. Existem os que têm o que dizer e aqueles que não. Quanto a mim darei todas as explicações à luz do dia e prestarei as informações que a Justiça desejar. Minhas relações junto ao poder público nunca ultrapassaram os limites institucionais. Jamais mandei, credenciei ou autorizei o deputado Aníbal Gomes (CE), ou qualquer outro, a falar em meu nome, em qualquer lugar. O próprio deputado já negou tal imputação em duas oportunidades. Como maior interessado no inquérito, apesar do atropelamento do Ministério Público que poderia ter evitado equívocos me ouvindo preliminarmente, considero que este é único instrumento capaz de comprovar o que venho afirmando desde setembro do ano passado”.