O deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL) fez seu primeiro pronunciamento no Plenário da Câmara dos Deputados. O parlamentar agradeceu aos mais de 88 mil eleitores que votaram nele nas últimas eleições, lembrou sua trajetória na política, o movimento estudantil e os anos de chumbo da ditadura militar, falou sobre o tratamento que os municípios recebem do governo federal e a necessidade de votação das reformas. Lessa iniciou a vida pública como atleta e líder do movimento estudantil, na condição de presidente da Fadu (Federação Alagoana de Desporto Universitário). Foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou durante dez anos como engenheiro na construção da Ponte Rio-Niterói. “Por ter sido preso pela ditadura, ficou difícil conseguir emprego e tive que me mudar. Lá continuei me envolvendo com os movimentos em defesa da anistia, mas sem envolvimento partidário, até que fui convidado a voltar para Alagoas e ingressar na política”, afirmou. “É importante lembrar os anos de chumbo, as torturas e prisões, pelo momento político que vivemos atualmente no Brasil. Não aceitamos qualquer golpe ou ditadura que seja”, completou o deputado, fazendo referência às manifestações que pedem o impeachment da presidenta Dilma.

Municípios

Por ter sido prefeito de Maceió, presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), Ronaldo Lessa disse conhecer as dificuldades dos municípios brasileiros, e que isso ajudará sua atuação na Câmara. “Conheço de perto os problemas e as injustiças que sofrem as prefeituras. Sou da base aliada, mas quero que fique clara minha postura de independência e liberdade em fazer a crítica ao tratamento que é dado pelo governo federal aos municípios”, destacou.

Reformas

O parlamentar disse ainda que, no âmbito nacional, seu interesse principal é pela votação das reformas. “Precisamos efetivamente fazer uma revisão da Constituição, numa visão mais ampla possível. O Brasil precisa disso. As leis precisam ser revisadas e atualizadas, para que contemplem todos os brasileiros de forma justa”, completou Lessa.