Fantásticos amigos!!

15/03/2015 00h12

IMG_6024Vinte e cinco anos se passaram, daquele distante 1990, época em que os sonhos enchiam nossas cabeças de ideais e os corações de amores.

Ali, naquele tempo ingênuo, onde a juventude aflorava, meninos e meninas, – em encontros e desencontros, viveram os mais produtivos, significativos e alegres anos de sua adolescência e juventude.

E é preciso confessar – os melhores anos foram vividos neste colégio das freiras, chamadas de “filhas do Amor Divino”.

Este tempo se fluiu imperceptivelmente no relógio de nosso tempo, de tal forma, que 25 anos depois, num reencontro inspirado pela tecnologia que aproxima até os mais distantes, ficamos todos embargados de emoção e felicidade.

Esta hora, não se improvisou. Ela foi preparada durante todo este tempo quando nos moldamos e formamos nossas personalidades.

A amizade verdadeira está sempre presente, ela nunca acaba. Mesmo que esteja inerte, ela sempre torna-se visível com a mesma sinceridade de outrora num simples piscar de olhos. E assim foi o dia 8 de fevereiro, quando nos encontramos.

Somos mesmos “superfantásticos amigos”, como dizia a música que embalava nossos sonhos de criança, mesmo que a distância e o tempo nos separe.

Mas hão também de perguntar quantas saudades guardamos nessa quadra do tempo? Saudades das brincadeiras? Saudades das dificuldades? Saudades da sofreguidão nos estudos para se obter uma nota razoável? Saudades do anseio de concluir o curso? De vencer o tempo?

Muitas saudades, é verdade! Mas vencemos todos! Cada um a seu modo, do seu jeito.

E direi mais: a saudade daquilo que se chamou companheirismo arraigada na convivência diária, no labor das pesquisas e do entendimento mútuo. Saudade das salas de aulas, das paqueras, das "pescas ou filas", dos amigos professores e dos professores amigos. Saudade das horas de aula que valeram a pena viver.

Enfim, dos amigos e amigas que fizemos entre os de minha geração e que este tempo não apaga. A turma da cerveja, das confissões e das horas de lazer. A vida de um afeto que apenas nos pode vir pela linha horizontal do fraterno companheirismo.

Ali naquele colégio, que cheira a saudade, 25 anos depois, vimos rapazes e moças que começaram os sonhos juntos, estudaram juntos, lutaram, sofreram e venceram, apesar das distâncias, todos felizes porque a alma de cada uma ainda permanecia intacta como outrora.

E o que é mais importante: não perdemos nosso viço!

O poeta Benedito Cardoso dizia que a saudade é a alma do tempo.

É um mal que é bem, é dor que não dói, tristeza que sorri dentro de nós. É possível que todos que ali se achavam naquela manhã ensolarada e quente de domingo sinta o que senti: êxtase em rever nossos verdadeiros amigos.

Este reencontro de 8 de fevereiro teve profunda significação para nós, pois foi solenizado pelo sentimento da saudade.

Nesta hora que escrevo essas singelas palavras, que é também de agradecimento, eu lhes afirmo com a alma enriquecida pela companhia e amizade de vocês, amigas e amigos, que neste momento da vida, com humildade, só peço a Deus que não me prive nos anos que virão, da graça desta saudade, que é a forma de tê-los sempre juntos, onde estivermos, em quaisquer circunstâncias, todos juntos, por um só ideal: o de sempre sermos felizes.

Ontem, dizíamos, só o amor constrói a esperança. E hoje, eu digo emocionado: Só a saudade reconstrói no amor, outra esperança.

E parafraseando o poeta Renato Russo, sabemos que somos senhores do nosso próprio tempo, e na passagem desses 25 anos, eu vos lembro ainda , meninos e meninas, que não foi tempo perdido; somos tão jovens”.

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