Mercadante, o mal de Dilma

26/05/2015 00h12

aloizio_mercadante_0A ingratidão de Dilma Rousseff com o senador Renan Calheiros tem a ver com a atuação de seu articulador político Aloisio Mercadante (PT) que tromba até com o ex-Presidente Lula que também já pediu sua cabeça.

Renan rompeu sua aliança com a presidenta por pura prepotência de nossa governante maior.

O deputado Carimbão relatou ao blog da jornalista Eliane Aquino que Dilma foi “ingrata com o senador Renan Calheiros, lhe tirando, sem avisar, o Ministério do Turismo”.

E foi mais além: “Renan salvou a Dilma ao fazer, a todo custo, a sessão no Congresso Nacional que garantiu o fechamento das contas do governo dela”, destacou.

O PT ainda é um partido diferente dos demais. Nos seus 12 anos de poder, o PT provou que sofre da carência de miolos.

E o principal desmiolado é o Ministro Mercadante antipatizado pela maioria da classe política no Congresso nacional, inclusive por Renan.

É ele, Mercadante, o responsável pelas patacoadas da presidenta que rasgou seu plano de governo para o segundo mandato e só realiza o contrário do que prometera em campanha.

Normalidade só retornará com Mercadante fora

Nem a indicação do vice-presidente em substituição a Mercadante, para tentar estancar a insatisfação dos parlamentares com o governo foi capaz de solucionar o problema. O poder de articulação de Temer foi inócuo.

E no PT a palavra de Lula tem peso de sentença. E Lula já sentenciou que o governo Dilma está politicamente tonto por culpa de Aloizio Mercadante.

É ele o responsável pela embriaguez política do Planalto e também pelo isolamento da presidenta que em termos de articulação política é zero à esquerda.

Mercadante iludiu-se que Kassab e Cid Gomes (já defenestrado) conseguiria deter a força do PMDB de Renan e Cunha e os colocou dentro dos mais cobiçados cofres da Esplanada - Cidades e Educação.

Deu errado. Cid se foi ao atacar o Congresso. E Kassab dedica-se a jurar em entrevistas que Mercadante continua prestigiado.

Espremida por Lula, Dilma segura Mercadante a pulso. Diminuiu-lhe poderes, mas ainda não fez o que deveria ter feito há muito tempo: demiti-lo.

Dizem que Dilma mantém Mercadante porque adora a fidelidade do auxiliar e também porque não gostaria de nomear um “novo espião” de Lula.