Mais alagoanos serão beneficiados com programas de distribuição de alimentos

03/06/2015 12h12

    Diminui a mortalidade infantil. Gera emprego e renda. Garante pelo menos uma alimentação saudável às crianças em idade escolar. Os benefícios do Programa de Distribuição de Sementes e Leite são muitos. A Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa) é a gestora. O Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) é o responsável pelos recursos investidos. Eles possibilitam mais de 100 mil agricultores familiares receberem milho, sorgo, feijão e em breve arroz. Além de 80 mil beneficiados ganharem 1 litro de leite por dia, em todos os 102 municípios alagoanos. De acordo com o secretário da Seapa, Álvaro Vasconcelos, mesmo com recursos oriundos do governo federal, os programas da pasta não existiriam sem a contrapartida estadual do Fecoep. “O Fundo tem uma importância muito grande. Por meio dele, beneficiamos famílias carentes, onde a renda é inferior a um salário mínimo. Crianças, gestantes, idosos, são os principais favorecidos, com as ações do Fecoep. Além de gerar emprego e renda para milhares de agricultores familiares alagoanos,” ressalta Vasconcelos. Programa de Distribuição de Sementes A finalidade do Programa de Distribuição de Sementes é possibilitar que o agricultor familiar possa vendê-las para aumentar a renda, além da economia de subsistência para ele e sua família, auxiliando inclusive, na segurança alimentar e diminuição de doenças. Para o ano de 2015, o governador Renan Filho autorizou a liberação de R$ 11 milhões e 600 mil procedentes do Fecoep.  Nessa etapa, foram sete lotes, o que corresponde a 965 toneladas de semente, entre feijão, milho e sorgo. Para o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seapa, Hibernon Cavalcante, um dado muito relevante e que vem atendendo a premissa do chefe do Executivo é fazer mais, gastando menos. O fato explica a aquisição de 129 toneladas a mais do que em 2014, com o mesmo valor investido à época. “A maior diferença em relação ao ano passado é que o produtor vai receber mais sementes e poderá plantar numa área um pouco maior, do que no passado. A melhoria para o agricultor familiar começou através da escolha da licitação, que foi o pregão eletrônico. O que resultou em economia para o estado, em relação a certames anteriores. A licitação de antes era presencial,” explicou o superintendente. Outra novidade é o processo licitatório para 200 toneladas de arroz (a previsão é licitar no mês de junho e entregar no início de agosto). “Todo esse recurso vem do Fecoep e vai beneficiar mais de 100 mil agricultores familiares. A quantidade de 2014, não chegou a 100 mil,” destacou Hibernon Cavalcante. Funcionamento- Existe uma preocupação para que posteriormente o alimento sirva para um banco de sementes. Segundo o superintendente, a ação só é possível com um trabalho forte de assistência técnica. Diversos atores são parceiros e auxiliam na atividade. O maior responsável é o Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater), em seguida vem às prefeituras. As solicitações são as mais distintas. Vêm dos municípios, cooperativas, sindicatos, associações, indígenas, quilombolas. Cada beneficiário recebe um termo de entrega de sementes. “Esse termo consta dados como nome, CPF, endereço. Através da Emater fazemos a fiscalização e assistência técnica. Além das prefeituras municipais e as empresas de assistência técnica que os assentados contratam. É um trabalho de mutirão que envolve muita gente” disse Hibernon Cavalcante. A maior parte das sementes vai para as regiões sertaneja e agreste. Os números são 40% para o sertão, 40% para o agreste e 20% para a Zona da Mata e Litoral. A prioridade, a pedido do secretário Álvaro Vasconcelos, é uma atenção especial aos movimentos sociais. A partir da abertura do processo, que foi em fevereiro, até a colheita, a previsão é de 12 meses de trabalho. Programa de fomento da cadeia do leite A bovino cultura de leite envolve aproximadamente 18 mil produtores (de todas as esferas) no estado.  Depois da atividade canavieira, é a segunda maior, em termos sociais. É a ação que se adequa ao clima, da região sertaneja e possibilita o trabalho com pequenos e grandes animais ovino caprino. Após investimento com estrutura, na aquisição de caminhões, tanques, botijões, kits, sêmen, além da realização de capacitações. O programa de fomento da Cadeia do Leite de Alagoas possibilita melhorias do rebanho, avanço genético, progresso do manejo de pasto, garante toda a gestão do negócio ao produtor rural. Sempre visando à melhoria da produtividade, além da segurança alimentar. No ano de 2015 será realizada a assistência técnica, por meio da metodologia “balde cheio”, através da gestão de propriedades. Ele funciona através da profissionalização de 400 produtores, que tem um contrato com o Sebrae até o final do ano, e recebem uma capacitação de forma intensiva. O programa vai receber recursos do Fecoep ainda esse ano. Nos próximos dias está começando um programa, na qual a Emater vai capacitar 900 médios produtores, os recursos são oriundos do Ministério da Agricultura. Já uma chamada pública, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social, vai contemplar 1300 agricultores, que também receberão assistência técnica da Emater.