Segunda votação da proposta de emenda constitucional (PEC) da redução da maioridade penal, aprovada na madrugada desta quinta-feira, apenas o deputado JHC(SD) que tinha votado contra a medida no dia anterior mudaou de opinião e o restante da bancada de Alagoas manteve o voto da primeira votação. JHC se juntou a mais 23 deputados arrependidos e os votos deles foram decisivos para aprovar a PEC, que tinha sido rejeitada um dia antes, quando faltaram apenas cinco votos para alcançar os 308 necessários. Outros três deputados fizeram o caminho inverso: tinham apoiado a PEC no primeiro dia, mas depois votaram não ou se abstiveram. A abstenção, na prática, é como votar contra, uma vez que significa um apoio a menos. Se tinha pretensões em conquistar o voto do eleitorado jovem, o deputado alagoano JHC, que sonha acordado em disputar a Prefeitura de Maceió, evitou assim mudando o seu voto de dar um tiro no pé ao votar favorável à redução da maioridade penal para 16 anos. Nas redes sociais, chegou a ser objeto de chacota, sendo comparado ao progressista “verde” Zequinha Sarney, filho do ex-presidente Sarney. Os que votaram a favor queriam que o jovem de 16 anos que praticasse crime hediondo respondesse por ele, penalmente, igual a um adulto de 18. E os que votaram contra sustentaram teses que nada tinham a vez com o foco da questão: que o percentual de crimes praticados por jovens é ínfimo e que a redução não resolveria o problema da violência no país. O líder do PR, Mauricio Quintella comemorou a vitória,inclusive mantendo o seu voto. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania -CCJC, alagoano Arthur Lira disse ao Blog do Bernardino, "mais uma vitória para a sociedade, onde depois de 23 anos debatendo a redução da maioridade penal, desengavetei o projeto e o presidente da Câmara, carioca Eduardo Cunha, colocou em votação. Lira concluiu dizendo: "chega de impunidade."

Como votou a bancada de Alagoas:

JHC (Solidariedade): Sim Ronaldo Lessa (PDT): Não Marx Beltrão PMDB): Sim Arthur Lira (PP): Sim Maurício Quintela (PR): Sim Givaldo Carimbão (PROS): Não Cícero Almeida (PRTB): Sim Paulão (PT): Não Pedro Vilela (PSDB): Sim