Controle de armas volta ao centro do debate no Congresso

10/07/2015 12h12

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Deputados, senadores e representantes de entidades da sociedade civil lançaram, com a presença do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a Frente Parlamentar pela Paz e pela Vida. O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), vice-líder da oposição na Câmara e presidente da Frente Parlamentar pela Paz e pela Vida, explicou que o objetivo é agregar todos aqueles que são a favor do controle de armas no Brasil. Segundo Raul Jungmann, “está mais uma vez em curso uma tentativa de descaracterizar o Estatuto do Desarmamento, que é a lei que permite o controle de armas no Brasil”. “É uma ameaça real”, advertiu o parlamentar, salientando que o perigo precisa ser rechaçado em nome da vida. “Afinal, durante a vigência do Estatuto do Desarmamento, ou seja, desde 2003, segundo cálculo do mapa da violência no Brasil, aproximadamente 160 mil vidas foram poupadas”, argumentou Raul Jungmann. Raul Jungmann destacou que são os parlamentares que representam as indústrias de armas e munições que estão por trás da ameaça ao estatuto. “A indústria de armas pensa nos seus lucros e não nas vidas dos brasileiros. A indústria de armas e os que a representam querem rasgar o estatuto”, afirmou o deputado do PPS. Raul Jungmann advertiu que o descontrole de armas e munições significa mais violência, mais mortes, inclusive de policiais, e, sobretudo dos cidadãos e cidadãs. De acordo com o deputado, a sociedade tem no estatuto a garantia do controle de armas. “Em que pese ele necessitar ser aprimorado, aprofundado e até modernizado, o estatuto não pode, de forma nenhuma, ser substituído pelo descontrole de armas”, explicou. O parlamentar avaliou a reunião com Renan, para o lançamento da Frente, como “altamente representativa”. Estavam presentes dezenas de deputados, senadores, o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, representantes de entidades da sociedade civil, como Sou da Paz, Viva Rio, Anamatra (Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho), Conamp (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público) e as presidentes da UNE (União Nacional dos Estudantes), Carina Vitral, e da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), Bárbara Melo.