O novo superintendente da Codevasf, Luciano Chagas e a equipe técnica participaram nesta segunda feira (20), de uma rodada de trabalho com os 20 municípios autorizados a receber os sistemas simplificados de abastecimento de água. A AMA está preocupada com o prazo de 31 de julho para a entrega dos projetos e criou uma força tarefa na Entidade para ajudar aos prefeitos. Os sistemas simplificados são poços artesianos que deverão ser perfurados exclusivamente em locais sem acesso a água. Os recursos serão liberados pelo Governo Federal através do Ministério da Integração que reativou o projeto a partir da pressão das entidades municipalista durante o movimento “Marcha a Brasília”. Mas não é apenas o prazo que preocupa os gestores, mas a qualidade da água. No Sertão o lençol freático não favorece e geralmente são improprias para consumo humano.  Os prefeitos estão preocupados porque podem perder os recursos que são exclusivos para esse tipo de sistema. O prefeito de Inhapi, José Cícero defende uma flexibilização que possa atender as exigências federais, mas sem prejuízo à população que sofre com o desabastecimento. A própria Codevasf tem estudos que comprovam essa má qualidade da água. “ É muito difícil para um prefeito fazer todo um projeto, ter despesas, licitar, perfurar e ver todo esse trabalho ser jogado fora”, diz José Cícero. A orientação dos técnicos da Codevasf é a de que os municípios que têm esse problema apresentem, com uma boa justificativa junto ao Ministério da Integração, a necessidade de uma outra forma de captação. Para os demais a única regra que vale é a da perfuração. Os recursos não podem ser usados para captação em sistemas de água. O presidente da AMA, Marcelo Beltrão que está coordenando os trabalhos já conseguiu a simplificação do sistema de outorpa pelo IMA e Semarh, mas reconhece que os municípios têm outras etapas a vencer par avançar com os projetos.