Renan prevê “tempo nebuloso”

25/07/2015 02h02
[caption id="attachment_87224" align="alignright" width="300"]Foto: Site O Potiguar Foto: Site O Potiguar[/caption]

“O Congresso Nacional não quer e nem será agente de instabilidade. Ao contrário, quer contribuir para proporcionar a tranquilidade e a estabilidade de que o país precisa”.

Repercutiu em alto grau a declaração feita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, em pronunciamento oficial.

“A disposição do Congresso Nacional é de colaboração. Esse sentimento, entretanto, não pode ser confundido com submissão ou omissão do Parlamento”.

Renan disse que o país passa por uma crise política e econômica. Para ele, o segmento político acabou contaminado pelos insucessos da economia.

“Estamos na escuridão, assistindo a um filme de terror sem fim e precisamos de uma luz indicando que o horror terá fim. O país pede isso todos os dias”.

Ele citou entre os temas delicados as dificuldades na economia, a análise de vetos presidenciais, as CPIs, o projeto da Lei de Responsabilidade das Estatais.

E finalmente vaticinou: “Não diria que será um agosto ou setembro negro, mas serão meses nebulosos, com a concentração de uma agenda muito pesada. Cabe a todos nós resolvê-la”. Te cuida Dilma!

Um descontente

Os burburinhos fizeram-se ouvir nos corredores e plenário da Assembleia Legislativa no decorrer desta semana. O fato ainda não se tornou público, mas já é dada como certa e para logo a primeira baixa na equipe do primeiro escalão do governador Renan Filho. E o inusitado segundo uma fonte política de muito crédito: “Não será convidado a deixar o cargo, mas sairá por livre e espontânea vontade. Não sairá magoado e não quer deixar o governador magoado. Apenas desencantou-se com os caminhos da política e da administração. É um homem sério e não tem se sentido à vontade na função”.

Estranho no ninho

O prefeito Rui Palmeira nunca morreu de amores pelo ninho tucano e a reciprocidade na mesma medida sempre esteve presente do outro lado. A começar pelo ex-governador Teotônio Vilela, que nunca lhe deu o prestígio à altura de seu cacife político, fato que deixou mágoas irreparáveis (mas guardadas). Os mais chegados a Vilela sempre viram Palmeira mais um concorrente do que como um aliado. Agora chegou a hora do troco e o prefeito está de malas prontas para fazer a mudança. É questão de tempo e oportunidade.

Menos é melhor

Por entender que nem as dimensões continentais do Brasil nem a complexidade de nossa sociedade justificam a eleição de tantos parlamentares por cada unidade da federação, o senador Jorge Viana (PT-AC) quer aprovar emenda constitucional reduzindo o número de deputados e senadores. Com a proposta ele pretende reduzir em um terço o número de assentos no Senado e em 25% o número de deputados. Para mostrar que o Brasil pode fazer essa mudança, Viana cita o exemplo dos Estados Unidos, país igualmente extenso, cujos estados elegem apenas dois senadores cada um. O senador destaca a economia que isso significará para os cofres públicos e observa que preserva, no projeto, o equilíbrio hoje existente no Congresso. A proposta assegura os mandatos dos atuais deputados e senadores, ocupantes das vagas a serem extintas.

“No Senado, haverá a paridade entre os estados e o Distrito Federal. Na Câmara, mantém-se o critério de representação proporcional à população de cada unidade da federação. Por isso, sem prejuízo do caráter representativo do Congresso, a proposta aumenta a eficiência do uso dos recursos públicos. Afinal, cada parlamentar, para a consecução de seus deveres constitucionais, exige considerável estrutura de assessoramento e de apoio administrativo”.

Segurança responsável

Há muito não assistimos a sociedade alagoana tão satisfeita com os resultados do combate a violência e muito confiante nos dois maiores responsáveis pela condução do aparato de segurança: secretário de Defesa Social, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto e o comandante da Polícia Militar, coronel Lima Junior. Muito ainda tem que ser feito, mas já se percebe, claramente, que aconteceram avanços significativos no setor. A luta tem sido sem trégua, agentes policiais militares e civis têm sacrificado suas vidas e há a disposição de ambos de seguir em frente. Com posturas duras e responsáveis sabem que suas missões são espinhosas e muitas vezes incompreendidas. Mas seguemn em frente e Alagoas agradece.

STF: aumento barrado O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, informou nesta quinta feira que aguardará a apreciação do veto sobre o aumento do Judiciário pelo Congresso Nacional. Durante a negociação, o Supremo chegou a propor veto parcial, para suprimir as primeiras parcelas do reajuste médio de 59%, mas a hipótese já havia sido descartada. O governo propôs ao Judiciário aumento de 21,3% que já propôs aos servidores do Executivo, escalonado entre 2016 e 2019. Os servidores do Judiciário, no entanto, não aceitam a proposta e querem uma nova negociação.

O Supremo deve voltar à mesa de negociações depois da publicação do veto. No STF, não há expectativa de que o Congresso derrube o veto, uma vez que dirigentes do tribunal avaliam que a aprovação foi somente para desgastar Dilma. E se quiserem desgastar de novo a presidente já tão desgastada?

Só viram o Palácio

Vinte jovens estudantes americanos alunos de uma das mais conceituadas Universidades de Boston - EUA (Northeasten University) estão passando 30 dias em Alagoas para conhecer e estudar além da língua portuguesa, nossa história, políticas de sustentabilidade, culturas populares, meio ambiente, desenvolvimento empresarial e participação política. O grupo tem atividades pedagógicas na Faculdade FAL/Estácio, sendo o programa coordenado pelo Instituto Cidadão.

Os jovens estão encantados com Alagoas que poderá, dependendo de suas avaliações, continuar recebendo todos os anos outras turmas, mas registraram uma frustração. Com uma visita pré-agendada algumas vezes para conhecer o governador do Estado, tiveram a confirmação da audiência a na hora marcada compareceram , só que a atração principal faltou. Os americanos foram recebidos pelo secretário de Comunicação Enio Lins, que encantou a todos com sua simpatia e conhecimento da história de Alagoas. A frustração foi maior quando souberam (pela própria equipe de assessoria) que o governador estava em Palácio, só que atendendo um compromisso com empresários africanos). Um deles brincou: “Viemos a Roma e não vimos o Papa”.

De mal a pior

Se a saúde em Maceió vai muito mal para os humanos imaginem para os animais, que não contam com nenhuma sensibilidade por parte do prefeito e sua equipe.

Esta semana mais uma denúncia de descaso com os interesses da população. Os atendimentos ambulatoriais e a realização de cirurgias e castrações foram suspensos, temporariamente, no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Maceió. O problema acontece por conta da quebra de um equipamento até a falta de luvas e outros instrumentos de trabalho dos profissionais .

“Os animais ficam doentes e a gente não consegue atendimento porque uma máquina está quebrada e não tem material para curativos e muito menos para cirurgias. Isso é um absurdo”. Palavras de uma usuária revoltada.

Pedindo arrego O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) procurou, por meio de emissários, o antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para pedir que o tucano contenha as pressões da sigla pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo a Folha, amigos tanto de Lula, quanto de FHC, discutiram a possibilidade de um encontro entre os ex-presidentes. Lula estaria disposto a conversar por telefone sobre o tema, mas o tucano, conforme a reportagem preferiu que o assunto fosse discutido pessoalmente.

“Não foi o primeiro aceno de Lula à oposição. Em maio, ele encontrou o senador José Serra (PSDB-SP) na festa de um amigo comum e disse que gostaria de marcar uma conversa reservada. Lula derrotou Serra na eleição de 2002”, ressalta a Folha nesta quinta-feira (23).

Será que Lula, Dilma e o PT não lembram mais o que disseram de Fernando Henrique na última eleição?

Para refletir: “A polícia não pode ser leniente, nem covarde. Mas não pode sair por aí exterminando”. (Secretário Alfredo Gaspar de Mendonça).