Prefeitos alagoanos terão encontro na quinta-feira em Arapiraca

26/08/2015 08h08

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A crise financeira que assola os municípios alagoanos será tema de encontro de prefeitos, nesta quinta-feira, dia 27, na cidade de Arapiraca. O encontro está sendo organizado pelo presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), prefeito de Jequiá da Praia, Marcelo Beltrão (PMDB). A prefeita Célia Rocha vai recepcionar os gestores alagoanos no auditório da Escola Municipal de Governo, a partir das 8h30. Na ocasião está marcada um coletiva de imprensa onde serão tratados assuntos como o limite da capacidade financeira dos municípios para a oferta de serviços à população. “Estamos fazendo o dever de casa que a própria presidenta Dilma Rousseff já deveria ter começado”, diz o prefeito de Matriz de Camaragibe, Marcos Nascimento. Nesta segunda-feira, na sede da AMA, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira também foi taxativo ao dizer que o FPM representa 40% da receita da capital e que a queda do recurso, em agosto, teve um efeito devastador nas contas. Também citou as pedaladas federais e as pautas bombas que estão aumentando os pisos salariais de diversas categorias, sem definição de fonte de financiamento. Na quinta-feira, dia 27, haverá o primeiro encontro regional em Arapiraca. Os prefeitos vão mostrar a população e a imprensa o que realmente é a crise. A situação se agravou porque o governo federal encontrou formas de arrecadar, sem partilhar com os demais entes federados. Muito pelo contrário, disse o prefeito Jorge Dantas. Com as desonerações que foram praticadas para garantir a manutenção dos empregos em cidades ricas, os municípios pobres foram os mais prejudicados. Nos últimos seis anos, o governo tomou um FPM inteiro de Alagoas. Os Municípios deixaram de receber no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), entre 2008 e 2014, a soma R$ 121,4 bilhões. As áreas de saúde, educação, meio ambiente e assistência social, entre outras, foram praticamente municipalizadas, e agora são as cidades que executam estes serviços públicos para a população, mas a parcela dos recursos para os entes municipais permanece estável ao longo dos anos, mesmo com algumas conquistas da CNM e do Movimento Municipalista.