Prefeitos querem o povo seu lado para atravessar a crise

27/08/2015 14h02
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Numa das reuniões mais concorridas com um quorum de 32 prefeitos, 8 vice prefeitos, vereadores e secretários municipais, a Associação dos Municípios de Alagoas reuniu hoje pela manhã com uma dureção de mais de 4 horas, na Escola de Governo de Arapiraca para os prefeitos chegarem a um consenso: estão no limite de suas capacidade financeira para oferta de serviços à população e por isso, precisam de contar ainda mais com o respaldo do povo, a fim de enfrentar a crise que assola os municípios brasileiros.
O ponto negativo da reunião, constituiu-se na ausência completa dos deputados estaduais. Entretanto, o presidente da AMA e prefeito de Jequiá da Praia, Marcelo Beltrão anunciou que em breve estará com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Luiz Dantas(PMDB) para pedir o engajamento deles numa sessão pública em defesa do municipalismo.
Beltrão ressaltou ainda que, a bancada federal e em especial, o presidente do Congresso Nacional, senador alagoano Renan Calheiros tem sido um destaque abrindo o nosso caminho para se chegar um diálogo com o governo Federal.
- " Os municípios brasileiros, segundo dados do CNM, acumulam uma perda de R$ 1,5 bilhões sómente este ano", lamentou o Beltrão.
Marcelo Beltrão disse é fundamental o apoio da população para atender a nossa crise, porque sem isso não podemos acompanhar a velocidade que vai nos levar um cáos total.
A prefeita Arapiraca, Célia Rocha(PTB) acredita que o objetivo dessa reunião é multiplicar as informações e fazer com que a população seja parceira conhecendo a realidade municipal de hoje. Ela disse que várias cidades alagoanas sairam na frente e estão cortando despesas para superar a crise.
Por exemplo, mostrou ela que em Arapiraca houve corte no seu salário, do vice prefeito e secretários municipais, além de demissões de cargos comissionados.
Celia mostrou que a sua prefeitura tem uma despesa mensal de 500 mil reais só com a saúde e na educação, como vamos custear uma merenda escolar se o Ministério da Educação só paga R$ 0,30 por cada criança. "Infelizmente não dá nem para pagar um picolé do Caicó, disse ele.
Em Quebrangulo ,o prefeito Manoel Tenório(PSDB) fez um acordo com a equipe comissionada e, ao invés de demitir, reduziu em 15% todos os salários, incluindo o do prefeito e vice. Também reduziu a cota de combustível. No entanto, anunciou ele que ainda hoje ou amanhã estará procurado os vereadores para tentar diminuir o duodécimo.
“O problema de um, é o problema de todos”, disse o presidente da Entidade, disse Tenorio.
A política pública  que tem impacto muito expressivo nas contas  municipais, explicou o prefeito de Lagoa da Canoa, Alvaro Melo(PMDB) é o reajuster do salário minímo acima da inflação. O atraso no repasse das vergas federais tem pesado demais, disse o prefeito de Lagoa da Canoa, anunciando que há cinco meses o governo federal não repassa a verba.
Já a prefeita de Major Izidoro, Santana Mariano(PTB) explicou que a saúde em sua cidade já se encontra na UTI há muito tempo.
O prefeito Bruno Pedro(PTB) de Craibas lamentou a criação do Piso Nacional do Magistério Público, que aumentou por demais as despesas pessoal de cada prefeitura. "Os prefeitos reconhecem a importância do professor, mas não têm como suportar o encargo. Mostrando exemplo, apontou ele de 2010 até 2015 o piso do professor passou de R$ 1.024,00 para R$ 1.917,78, um aumento de 87,9% e a inflação pelo INPC foi de 35,3%.
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O governo federal também já criou 397 programas e hoje transfere para os municípios a gestão deles.
O prefeito de Coité do Noia, Senninha(PMDB) disse a população precisa conhecer dados de custo do transporte escolar, os municipios recebem R$ 13,30 por aluno/mês.