100 anos de dona Leonor Monteiro é festejado na Igreja Batista do Farol

27/08/2015 22h10

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A Igreja Batista do Farol rendeu graças a Deus, na noite de quarta-feira, 26, pela existência de Leonor de Amorim Monteiro, que completou 100 anos de uma vida que, como fez ver o pastor Roberto Amorim, refletindo sobre 1º João 5.1-5, tem sido vitoriosa porque ela creu que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e vive na fé e obediência, características que, de acordo com o texto bíblico, são essenciais aos que buscam vencer as paixões mundanas.

A homenagem ocorreu durante o culto de oração da igreja. Além de dona Leonor, outras 16 pessoas que completaram idade nova este mês, foram igualmente apresentadas a Deus como expressão de gratidão da igreja pela passagem de mais um ano em suas vidas. Esse momento celebrativo acontece mensalmente na última quarta-feira do mês.

Dona Leonor, a aniversariante mais antiga do mês e, ainda, por ter completado 100 anos naquele dia, foi o centro das atenções, ao lado dos filhos, netos, bisnetos e trinetos. Ao término do culto, todos se deslocaram para o salão social da igreja, onde cantaram parabéns diante de um bolo gigante para lembrar um centenário memorável na vida da família Monteiro e da IB do Farol.

Para o pastor da Igreja Batista Betel, Társis Wallace, amigo da família Monteiro desde criança, “a irmã Leonor é uma serva de Deus que, como nos ensina Paulo em Tito 2.12-14, viveu esses anos de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguarda a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Cristos Jesus, que virá buscar todo aquele que crer em Seu Nome”.

Histórico

Dona Leonor nasceu em Rio Largo em 26 de agosto de 1915. Era a quarta filha do casal Manoel Zacarias de Amorim e Luiza Cavalcante de Amorim, porém, foi criada por Ana Vaz de Melo, tia de sua mãe, casada com Caetano Vaz de Melo. Seus pais tiveram 21 filhos, 13 dos quais sobreviveram: Nilza. Leonor estava ligada a cinco famílias tradicionais: Morais, Cavalcante, Sarmento, Amorim e Vaz de Melo. Entre seus primos mais conhecidos na sociedade alagoana destaca-se Luiz Cavalcante, militar e governador do Estado; Pompeu Sarmento, promotor público; e Humberto Cavalcante, clérigo católico. Cresceu em um lar evangélico e casou com Manoel Monteiro da Silva em 1º de dezembro de 1941, tendo sete filhos: Laércio Madson (engenheiro), Márcia Lenita, Marcel Leonardo (engenheiro), Maurício Lenuel, Lúcia Marian (contabilista), Lenício Manoel (engenheiro) e Marêncio Leone (médico). E estudou os cursos primário e secundário em Rio Largo e no Recife, na Escola de Trabalhadoras Cristãs – ETC, atual Seminário de Educadoras Cristãs – SEC. Participou, durante muitos anos, da Igreja Batista de Rio Largo, onde exerceu as funções de professora de Escola Bíblica Dominical, tesoureira, organista, além de ser uma eximia declamadora. Exerceu a magistratura em Rio Largo, na Escola da Fábrica de Tecidos Progresso e em Maceió, no Colégio Batista Alagoano, onde ensinou muitos alunos de famílias tradicionais, entre eles o engenheiro Beroaldo Maya Gomes e alguns da família Tenório. Em casa, além de mãe disciplinada, ensinou todos os filhos a ler e escrever, de modo que quando foram para o Educandário Batista 15 de Novembro, já estavam bem preparados. Sua irmã de criação Cândida Vaz de Melo, 16 anos mais velha, ajudou-a em sua criação e mais tarde contribuiu na criação de seus filhos, que a chamavam de “Mainha”. Quando veio morar em Maceió passou a participar da Igreja Batista do Farol, onde exerceu por muitos anos o cargo de professora de Escola Bíblica Dominical, organista e declamadora. Tinha uma excelente memória. Recitava longos poemas de Mário Barreto França e outros poetas evangélicos. Leonor e Manoel Monteiro foram casados por 46 anos, vivendo em total harmonia até o dia da morte do seu esposo. Foi contemporânea dos filhos do casal missionário John e Elizabeth Mein, destacando-se David Mein que foi muitos anos reitor do Seminário Batista do Norte do Brasil, no Recife, Margareth e John Gordon Mein, que foi embaixador dos Estados Unidos na Guatemala, onde foi assassinado em 28 de agosto de 1968. Conviveu também com os missionários John e Blanche Bice, Charles e Mary Stapp, e Boyd e Irma O’Neal. Todos eles pastorearam a Igreja Batista do Rio Largo. Criou todos os filhos dentro dos princípios do evangelho e, diariamente realizava cultos domésticos em sua casa, incentivando-os a estudarem a Bíblia e memorizar trechos das Escrituras Sagradas. Manoel e Leonor de Amorim Monteiro tiveram sete filhos, 21 netos, 34 bisnetos e quatro trinetos. Texto: Raimundo Gomes, espécial para o Blog do Bernardino.