Creio que o futebol foi a maior fonte de felicidade para mim em 67 anos de vida.
Em Recife,onde nasci, ouvindo a sirena do Leão da Ilha - Sport - já abrir os olhos na Maternidade do Derbi torcendo pelo rubro negro, apesar de morar no Espinheiro a 100 metros da sede do Naútico e o meu pai ser frequentador do timbu.
Escutava a rádio Clube com Barbosa Filho comentando e o narrador era Ivan.
Joguei muita bola na praia da Avenida, já rapazinho morando no Poço em Maceió. Nunca fui bom jogador e por isso, sempre era escalado no gol.
Ainda em Maceió, sobre influência do maior desportista de Alagoas, Toroca virei torcedor do CRB e do Flamengo do Rio.
Como reporter esportivo filiado a ACDA tive a oportunidade de conhecer dirigentes de futebol em Alagoas, como Oswaldo Gomes de Barros, Severiano Gomes(Biano) - ambos do CRB. Vicente Bertolini, Coronel Nilo Floriano Peixoto e João Alves do CSA.
De Palmeira dos Indios do CSE médico José Reginaldo e Dirceu Souza. De Penedo, Everaldo Gama. Do Guarany do Poço, Hélio Sena até treinador foi e José Calazans. Do São Domingos, Miguel Spinelli, o homem que revolucionou o futebol alagoano.
Meu querido José Sebastião Bastos, Bastinho da federação. Do grande Napoleão Barbosa,responsável pela construção do Estádio Rei Pelé e tantos outros.
Vi ao vivo e na TV partidas maravilhosas. Acompanhei gênios como Pelé, um Van Gogh dos campos.
E fui muito feliz aplaudindo a Seleção Brasileira.
Hoje, declaro que o futebol acabou.
Apodreceu e morreu, não só na qualidade dos jogadores brasileiros, mas no contexto geral.
Praticamente todos os comandantes do futebol mundial, nos últimos 20 anos, são bandidos. Todos merecem ser presos.