Arthur Lira sofre pressão para destravar CPMF na CCJ

12/11/2015 08h08

arthur lira rindo.

Sob pressão do Palácio do Planalto, o presidente da CCJ da Câmara, deputado alagoano Arthur Lira(PP), pretende segurar até as vesperas do recesso parlamentar, no final de dezembro, a indicação da PEC ( Proposta de Emenda Constitucional) que recria a CMPF. Em conversa com aliados, Arthur Lira avaliou que neste momento "não há clima" na Câmara para colocar em tramitação a recriação do chamado "imposto do cheque". Lira considerou ainda que é necessário aguardar a definição do Palácio do Planalto sobre a alíquota do tributo, uma vez que o governo federal tem defendido um percentual de 0,38% - superior aos 0,20% previstos na proposta. Sabe-se,porém, nos corredores da Câmara, Arthur Lir deve indicar a si proprio como relator da matéria, o que é previsto no regimento interno. Ele pretende, no entanto assumir a relatoria apenas depois do recesso parlamentar, em fevereiro, quando deixará a presidência do CCJ. Por trás deste movimento se encontra o presidente da Câmara dos Deputados, carioca Eduardo Cunha(PMDB) que é aliado de Lira e é contra a recriação do imposto. Cunha já disse que CPMF não será  aprovado nem na CCJ. Preocupado em terminar o ano sem aprovar as medidas do pacote fiscal, o Palácio do Planalto iniciou ofensiva para pressionar o Arthur Lira a destavar a tramitação  da recriação do CPMF. A pressão também será intensificada pelos ministros do núcleo duro da presidente Dilma(PT), que voltarão a procurar o presidente da CCJ e pedirão pessoalmente a ele que destavre a proposta. Até agora, as investidas do governo federal sobre o parlamentar não tiveram efeito. Com a resist~encia no Congresso nacional à criação do novo imposto, o governo Dilma Rousseff não conta com a votação do imposto neste ano. A expectativa é de que aconteça lá para julho de 2016.