Silvio Menezes: prevê colapso total no Rio São Francisco

13/11/2015 18h06

Bernardino

Junqueiro , urgente(13) - Há 40 anos o agropecuarista e na época Promotor Público de Penedo, Silvio Menezes Tavares preocupado com a atuação da Codevasf em Alagoas, anunciou que o projeto iria acabar de vez a produção do arroz no São Francisco, onde na região tinha cerca de 18 fábricas de beneificamento de arroz e hoje, Penedo e Igreja Nova produzia duas safras de arroz. Eis novamente, aos 88 anos de idade, Silvio Menezes em Junqueiro hoje no dia do Campo levado pelo secretário de Agricultura, Alvaro Vasconcelos entregou um documento ao governador Renan Filho(PMDB) e ao ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi mostrando que existe possibilidade no documento de uma lauda da recuperação do baixo São Francisco. Numa conversa rápida com o governador Renan Filho, ele lembrou que o presidente do Senado, Renan Calheiros já tinha feito uma alerta sobre a problemática do Velho Chico, navegando entre Piaçabuçu e Piranhas. No entanto, disse ele ao Renan Filho "se o seu pai voltasse a fazer esse mesmo trajeto, não faria mais e o rio estar secando." O ministro Gilberto Occhi se mostrou preocupado e interessado na leitura do documento do presidente da Associação Comercial de Penedo, Silvio Menezes prometendo ler e responder ao promotor de Justiça aposentado, que sempre esteve firma em defesa da região do São Francisco. Eis na íntegra o documento do Silvio Menezes, com exclusividade do Blog doi Bernardino: RECUPERAÇÃO DO BAIXO SÃO FRANCISCO Como é do conhecimento público o rio São Francisco possui três estações: alto, médio e baixo São Francisco. Notícias alarmantes revelam preocupação com a situação do alto e médio rio. Para tentar recupera-lo, ao longo de suas estações, seria imprescindível estudar e analisar o que motivou essa situação, para finalmente tentar salvar o grande rio. Nosso objetivo, entretanto, é mostrar que o baixo São Francisco, que está sendo desprezado, poderá ser recuperado desde quando não falte água para movimentar as hidrelétricas de Paulo Afonso e Xingó. Como sabemos, a água que passa por Xingó, após produzir energia elétrica, vai diretamente para o mar, permanecendo o rio secando a cada dia que passa, em situação verdadeiramente preocupante. SOLUÇÃO PARA RECUPERAR O BAIXO SÃO FRANCISCO A construção de diversas BARRAGENS, com respectivas ECLUSAS. A primeira barragem evitará que o mar continue penetrando rio acima. As demais barragens seriam construídas de conformidade com os levantamentos e estudos que seriam elaborados pelos serviços de engenharia, cujo projeto levaria em consideração que a declividade do rio é da ordem de quinze centímetros por quilômetro, preconizando assim sua navegabilidade. Elaborado o projeto, seriam consultados o IBAMA e os demais órgãos ambientais para evitar problemas futuros. A água que passa por Xingó só chegaria ao mar após preenchida todas essas barragens. Concluída essa obra, o rio tornar-se-ia navegável, seria recuperado o povoamento dos peixes nativos, o turismo seria devidamente explorado e o abastecimento, para Alagoas e Sergipe, seria assegurado, não só para o consumo humano como também para possíveis projetos de irrigação. Como já explicitado, preenchidas todas essas áreas entre barragens, a água continuaria ultrapassando-as, seguindo em direção ao mar, ocasião em que seria introduzido, em cada uma, o sistema de geração de energia por FIO D’ÁGUA com turbinas do tipo BULBO. Com o perpassar do tempo, o lucro com a geração de energia tornaria o projeto equilibrado economicamente. Para tanto, teríamos que adotar procedimento semelhante ao existente no rio Tejo em Portugal e Danúbio na Áustria, conforme ilustrações que transcrevemos abaixo. Há imperiosa necessidade de envolver os Governos de Alagoas e Sergipe com suas respectivas bancadas na área federal para sentirem o problema e evitar o colapso total do baixo São Francisco, com consequências desastrosas para os dois estados. Sílvio Menezes Tavares Presidente da Assoc. Coml. de Penedo Agropecuarista Promotor de Justiça Aposentado