Palmeira: quando o pessoal fala mais alto do que o coletivo

17/05/2016 16h04
[caption id="attachment_148619" align="aligncenter" width="760"]cavalgada333 James, Verônica e correligionários[/caption]

A esperada cisão do grupo governista em Palmeira dos Índios foi confirmada ontem (16) quando o prefeito James Ribeiro (PMDB) declarou aqui nesta TRIBUNA DO SERTÃO o apoio à médica Verônica Medeiros, também do PMDB, candidata a prefeita em outubro próximo.

Outros pretensos candidatos se viram rejeitados e já anunciaram - após a divulgação da notícia - o rompimento com o prefeito.

Para quem está de fora do grupo é fácil enxergar que o interesse pessoal move sempre o homem. O interesse do grupo político está em segundo plano e o coletivo (inerente à sociedade) está em último lugar.

"Primeiro eu, segundo eu, e, terceiro eu. O resto que se exploda", já dizia alguém.

Pois bem, o prefeito James Ribeiro só serviu e prestou aos correligionários dissidentes durante os 7 anos e meio em que estes alimentaram alguma expectativa pessoal e fizeram parte da gestão ocupando cargos comissionados ou outros espaços na gestão pública.

Com a escolha de um nome ontem (16), o da médica Verônica Medeiros, ocupando o único espaço existente para este tipo de disputa, os outros já saíram do grupo "atirando" e seguiram trilhos próprios.

Vale dizer que a lógica ensina que o prefeito tem o direito de escolher aquele em que acredita ter capacidade para sucedê-lo, não apenas gerencialmente, mas sobretudo politicamente.

Coisa corriqueira e natural em política. Ainda mais quando existia quatro nomes disputando apenas um espaço. Lógico, que três não ficariam satisfeitos, pois seriam preteridos.

Contudo, o rompimento feito dessa forma é algo drástico, forte, pois com uma boa conversa poderia existir conciliação e acomodação no grupo político.

Mas tudo tem começo, meio e fim.

E este é fim do ciclo do grupo Ribeiro-Gaia que durou 24 anos (começou em 1992)  e agora deve se desdobrar e formar novas composições.

James escolheu a Dra. Verônica que foi sua vice-prefeita em 2008 quando ganhou a primeira eleição, o que é legítimo.

Nas primeiras tentativas de chegar à prefeitura James esbarrou em Cordeiro. Rodrigo Gaia (candidato a vice-prefeito de James Ribeiro em 2000) e Antônio Fonseca (candidato a vice-prefeito de James Ribeiro em 2004) compuseram as chapas derrotadas.

Agora eles são os dissidentes novatos.

Há um ano e meio, outro integrante do grupo também deixava o barco: Julio Cezar.

Era o primeiro dissidente.

A incógnita fica com Luiz Lobo, o secretário de educação - que resistirá até o último segundo do dia 2 de junho na pasta que ocupa (prazo para desincompatibilização)  e que em entrevista à repórter Lucianna Araújo ao Portal Tribuna do Sertão (Leia aqui) disse querer "tirar Palmeira da mesmice", criticando a administração da qual faz parte.

Ou ele pensa que a Secretária de Educação é uma "prefeitura independente" e pode atirar no que sobra?

Bem, não é o blogueiro aqui que vai mexer no vespeiro que se instalou na Praça da Independência.

E você leitor, o que acha?