Recado aos presentes

01/10/2016 00h12

Ainda ecoam em nossos ouvidos as palavras no ministro Celso de Mello (STF), mirando nos olhos das mais altas figuras da política nacional (boa parte deles denunciados ou citados em ações de corrupção pendentes na Justiça) por ocasião da posse da ministra Carmem Lúcia, na presidência da mais alta corte da Magistratura brasileira.

"A corrupção traduz um gesto de perversão da ética do poder e de erosão da integridade da ordem jurídica, cabendo ressaltar que o dever de probidade e de comportamento honesto e transparente configura obrigação cuja observância impõe-se a todos os cidadãos desta República que não tolera o poder que corrompe nem admite o poder que se deixa corromper".

"O direito ao governo honesto constitui uma insuprimível prerrogativa da própria cidadania. E que, deste tribunal parta a advertência severa e impessoal de que aqueles que transgredirem tais mandamentos expor-se-ão sem prejuízo de outros tipos de responsabilização, não importando a sua posição, se patrícios ou se plebeus, devendo ser punidos exemplarmente na forma da lei esses infiéis da causa pública, esses indignos do poder”. Recado dado. Na cara de cada um dos “indignos”.