Eleição: 2018 já começou

24/02/2017 09h09

Em meu livro “Brasil – A história das Eleições”, comentando o desastroso processo eleitoral brasileiro, seus vícios e suas portas escancaradas para todo tipo de “negócios”, escrevi: No Brasil é assim: a próxima eleição começa antes de terminada a apuração da anterior. Aqui e alhures nada muda e tudo se repete. A eleição de 2018 começou no final da contagem de votos do pleito de 2016.

A disputa para os cargos majoritários está desenvolvimento e negociações têm se repetido frequentemente, cada possível postulante costurando alianças e buscando aliados de peso (outros nem tanto) para construir o caminho obcecado da vitória e do poder. Aqui o quadro se apresenta muito confuso e as alianças para o futuro que é agora começam a se delinear.

O governador Renan Filho que é candidato à reeleição tem pautado uma administração de resultados, com uma boa equipe (fora as arrumações políticas), sem exposições negativas e promovendo o equilíbrio das contas públicas. Vai para o jogo com amplas chances de continuar no palácio “República dos Palmares”. Movimenta-se com facilidade e tem aumentado consideravelmente sua base aliada com vistas à disputa do próximo ano.

Para o Senado estarão em disputa duas vagas ferrenhamente disputadas desde então. Para uma dessas vagas Renan Calheiros praticamente caminha em “voo solo” – astuto e entendedor como poucos do “xadrez político”, conquistou em sua trajetória um destacado lugar no pódio da política nacional. Ex-presidente do Senado e hoje líder do maior partido político do país, possui disparada liderança em potencial eleitoral na capital e principalmente no interior, reunindo ao seu lado expressivo número de prefeitos, vereadores e lideranças políticas locais. Se nada lhe atrapalhar tem assegurada a continuidade de seu ativo mandato como senador.

Para a outra vaga se prenuncia uma literal “briga de foice” com um leque de candidatos para qualquer gosto do eleitor. São pré-candidatos a essa segunda vaga do senado: Benedito de Lira (atual dono da cadeira), Teotônio Vilela, Marx Beltrão, Maurício Quintella e Heloisa Helena (que resiste aos apelos, mas poderá ceder). A sorte está lançada. Ganha quem tiver mais competência. E votos, claro.