Difícil é agradar

25/07/2018 09h09

A cidade de Palmeira dos Índios (minha terra mãe) passou por volta de trinta anos mergulhada em sucessivas administrações irresponsáveis que lhe causaram danos provavelmente irreversíveis. De sua pujança como município modelo para o país, viu seu comércio, sua robusta agricultura, seu turismo e sua dignidade depredados a cada quadriênio pelo equivoco do voto. O único administrador que a população sente saudades é Jota Duarte, certamente o maior prefeito de sua história, por mais de um mandato.

Hoje a cidade convive com novos tempos pela administração do prefeito Júlio Cezar, um cidadão jovem, comunicador nato, de família humilde com alguns predicados: ama sua terra, passou pelas agruras dos palmeirenses nesses anos de decadência administrativa, é criativo, empreendedor e ágil em ações de resultados. Conquistou Brasília literalmente. Não há um deputado ou senador alagoano que não goste dele. Com seu jeito próprio já é figura conhecida e querida nos Ministérios, Dias atrás ouvia de um colega jornalista brasiliense: “Esse seu prefeito vai longe, é articulado e muito sabido”. Fiz esse preâmbulo para citar um fato que não me surpreendeu por conhecer o bastante meus conterrâneos, mas me deixou pasmo.

Uma minoria inconformada e a serviço daqueles que nada fizeram pela cidade, postou nas redes sociais críticas ao prefeito que ao realizar obras no principal espaço público (Praça da Independência) estaria “causando transtornos e ainda desalojou um comerciante que tinha seu negócio há mais de dez anos no local”. Vou ser breve: como pode se fazer uma obra de grande volume sem que hajam transtornos temporários à população? (os serviços são reais e não virtuais, pelo menos ainda); quanto ao cidadão “desalojado” esse com certeza não é legítimo dono do espaço e mesmo que o seja não pode ser causador do impedimento de uma obra de interesse público. O administrador tem que ter a coragem cívica de fazer valer esse interesse, que predomina sobre o particular.

Não tenho laços de amizade próxima com o prefeito, mas uma respeitosa relação sem compromisso de cada lado. Já fiz críticas pontuais a sua administração e por certo continuarei fazendo quando necessárias e isso me dá o direito de defender quando injustamente caluniado.