Opinião: Palmeira não é da política de ameaças de morte ou crimes de mando

29/07/2019 16h04

Blog Kléverson Levy faz análise dos fatos que tomaram conta da política palmeirense desde o final de semana com a denúncia apresentada pelo Júlio Cezar (PSB), o "Imperador"

[caption id="attachment_308135" align="aligncenter" width="800"] Sede da Prefeitura de Palmeira dos Índios / Foto: Cortesia Henrique Romeiro[/caption]

Não é para desmerecer tais denúncias do prefeito Júlio Cezar (PSB), o "Imperador". Se for uma situação orquestrada de fatos mentirosos ou não, sem dúvidas, quem vai esclarecer - de fato - é a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Alagoas (SSP-AL) que já está na investigação do caso.

Agora, como filho palmeirense e conhecedor da política local, tenho a certeza que desde que acompanho fatos da região e, mesmo antes de ser um formador de opinião, ainda que morando na cidade de Palmeira, nunca vi e ouvi falar de fatos como o que ocorreu no final de semana, após a denúncia de JC na imprensa.

Ressalte-se que desde os tempos do ex-prefeito Enéas Simplício, isso lá na década de 80, quando este jornalista ainda era criança, nunca ouvi dizer que prefeito ou qualquer político palmeirense tivesse sido ameaçado de morte ou existisse algum crime de mando e/ou pistolagem na política do município.

De lá para cá, passaram pela Prefeitura de Palmeira dos Índios: Enéas Simplício (1977-1983); Gileno Sampaio (1989-1992; Helenildo Ribeiro (1984-1988 e 1993-1996); Maria José Carvalho, a Mazé (1997-2000); Albérico Cordeiro (2001-2008) e James Ribeiro (2009-2016).

Todos, sem exceção, tiveram suas gestões sem qualquer tipo de violência ou ameaças de cunho político.

Entretanto, a política palmeirense, apesar de acirrada entre os grupos de situação e oposição, nunca foi de um histórico de morte, ameaças e gestores que andassem rodeados de seguranças. Nunca! Todos os ex-prefeitos sempre foram e tiveram adversários, contudo, mantendo a 'briga' apenas no campo da política e na disputa eleitoral, sem o histórico de violência que veio à tona com o atual prefeito Júlio Cezar.

No campo político, desde que acompanho a política palmeirense, nunca ouvi dizer algo sobre essas ameaças que foram projetadas agora por Júlio Cezar. Na vida pessoal e, se houver inimigos pessoais, a tratativa não pode ser levada para o lado político porque Palmeira nunca foi terra de coronéis. Porém, todos sabem que sempre foi de famílias que se mantinham no Poder por muitos anos. Falar em 'oligarquias políticas' só no campo político. Não ao fato de violência ou ameaças de morte.

Todavia, não tenho dúvidas que a Segurança Pública do Estado de Alagoas (SSP-AL), diante do trabalho de destaque desenvolvido pelo delegado Cayo Rodrigues, da Seção Especial de Roubo a Banco (SERB), dará uma resposta à população de Palmeira dos Índios.

Alagoas, já que Palmeira não tem o histórico de violência política, não mais permite que crimes de mando ou pistolagem - por conta da disputa política e eleitoral - voltem a ser manchetes de jornais. Estamos na era em que a discussão, a opinião e até as famigeradas "fakes news" são construídas com o advento das redes sociais.

No entanto, é preciso ter cautela e cuidados com o quê se divulga ou quem queremos atingir - no bom sentido!

Que venha a reposta imediata!

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