
Bolsonaro foi o que se esperava
(BRASÍLIA) - O presidente Jair Bolsonaro no discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU em Nova York não surpreendeu e aproveitou, como era previsto, para exibir seu programa de ultradireita e “anti-indigena”. Para os brasileiros, o discurso de Bolsonaro na ONU certamente não trouxe surpresas em relação às ideias que defende desde a campanha.
Em um discurso de pouco mais de meia hora, o presidente Jair Bolsonaro desafiou os críticos de sua política ambiental e versou contra multas ambientais, para dizer que as queimadas florestais recordes nos últimos cinco anos no país e na Amazônia, medidas por órgãos oficiais, são infladas pela mídia global que deseja atacá-lo.
"É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade", disse o mandatário diante de uma plateia de cerca de 150 chefes de Estado, em uma crítica ao presidente francês Emmanuel Macron. O presidente brasileiro também repetiu ao mundo que não haverá nova demarcação de terras indígenas no Brasil e ainda atacou a extensão das atuais reservas, destinando seus ataques ao cacique Raoni, cotado para concorrer ao prêmio Nobel da Paz. "A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns desses líderes, como o cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia.
Infelizmente, algumas pessoas, de dentro e de fora do Brasil, apoiadas em ONGs, teimam em tratar e manter nossos índios como verdadeiros homens das cavernas", discursou Bolsonaro. E o discurso acabou por ai. Nada nos surpreendeu, até porque nada além disso se esperava. Temos o presidente que elegemos .