Daqui não saio

12/10/2019 09h09

O presidente Jair Bolsonaro afirmou em seguida ao site O Antagonista que não pretende deixar o PSL "de livre e espontânea vontade". Ele comentou também que é um "direito" do presidente do partido, Luciano Bivar (PE), tentar expulsa-lo da sigla, mas que não queria "entrar nessa briga", caso houvesse a tentativa.

Bolsonaro também se mostrou disposto a resolver as divergências com Bivar, mas manteve as críticas ao mandatário do PSL e afirmou que não é o único descontente dentro da sigla.

“Não integro a Executiva, só estou filiado ao partido, mais nada. Essas são as reclamações. Eu não quero esvaziar o partido. Quero que funcione. O PSL caiu do céu para muita gente, inclusive para o Bivar. O que faço é uma reclamação do bem. O partido tem que funcionar, tem que ter a verba distribuída, buscar solucionar os problemas nos diretórios. Todo partido tem problema. O presidente, o tesoureiro, eles têm que solucionar isso.”

Sobre as suas falas ontem (7), na saída do Palácio da Alvorada, quando disse a um apoiador para esquecer o PSL e afirmou que Bivar estava “queimado”, o presidente disse que estava preocupado com possíveis processos contra o homem que o abordou por campanha adiantada. Uma desculpa esfarrapada e sem o menor sentido, encontrada por assessores que tentaram concertar a fala desastrosa do chefe.

Nessa briga entre o presidente e o deputado Luciano Bivar, que tem ao seu lado numeroso grupo de descontentes com o governo pode acontecer tudo, inclusive nada. Mas no fundo mesmo, tudo é por dinheiro.