Equatorial Alagoas presta um desserviço aos alagoanos

29/01/2020 16h04

Com a mudança da antiga Eletrobras Alagoas para Equatorial Alagoas o que não mudou (ou melhorou) foi o serviço que é prestado pela empresa.

Centenas de alagoanos, principalmente, no interior do estado, sofrem com péssima qualidade do fornecimento de energia que chega às residências.

Além disso, leva-se em conta que devido às constantes quedas de energias, o usuário ainda carrega como prejuízo a perda de eletrodomésticos que não suportam tanta falta de energia.

Desde 2018, quando a Equatorial Energia, única a apresentar proposta de privatização da empresa, adquiriu a Companhia Energética de Alagoas ( Ceal), em nada melhorou para o consumidor.

De boa campanha institucional nas redes sociais, rádio e TV, a Equatorial só não mostra a insatisfação do usuário com a empresa.

Não foi à toa que prefeitos e representantes dos municípios se reuniram para cobrar melhorias na distribuição de energia e explicações sobre os altos valores cobrados nas contas dos últimos meses.

Se analisarmos os valores pagos pelo contribuinte na conta de energia, incluindo, a taxa de iluminação pública que - de fato - não é repassada da maneira que deveria ser, chegaremos a conclusão que a conta só subiu e recai apenas para o consumidor.

Comissão da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) também levou demandas da população que não consegue acesso aos canais de atendimento, a atualização do cadastro de usuários baixa renda para desconto na conta de energia, o projeto de substituição de lâmpadas de LED nos municípios e a atualização no cadastro de novos endereços nos municípios para entrega das faturas mensais e entre outro assuntos.

Cobrança na empresa

Porém, o que os prefeitos querem é mais atenção da Equatorial Alagoas para com os munícipes. Em contato com a prefeita de Jequiá da Praia, Jeannyne Beltrão (PRB), que esteve na reunião da AMA/Equatorial, a gestora deixou claro que o município que administra é um dos mais prejudicados.

Além disso, reforçou a prefeita, que os principais pedidos apresentados pelos gestores foram sobre o cadastro para pessoas de baixa renda ter um desconto na tarifa e a extensão no atendimento da rede para locais que ainda não tem energia.

"Quem leva a pancada somos nós prefeitos que recebemos a reclamação da população. A empresa que atende é a Equatorial, mas a insatisfação é na Prefeitura. Em Jequiá, por exemplo, as quedas de energia vêm causando perdas para os cidadãos. Sem falar, também, a parte de iluminação pública precária com a queima das lâmpadas constantemente. Então, pedimos que a Equatorial dê uma atenção maior, principalmente, na questão de cadastramento para os moradores de baixa renda que, muita das vezes, não têm condições de pagar a conta. Além da extensão de energia que, por incrível que pareça, muitas localidades ainda estão sem o fornecimento. Afinal, diante dos problemas existentes na administração, não podemos arcar com mais prejuízos que não competem ao Executivo", respondeu a prefeita ao Blog Kléverson Levy.

Por fim, se os prefeitos estão preocupados/insatisfeitos com os problemas que enfrentam nos municípios, o que dirão os usuários das residências que pagam caro pelo péssimo serviço da Equatorial.

De fato, é preciso também que os deputados estaduais (leia-se a ALE) se engajem nessa discussão para que a empresa forneça um serviço à altura do que o consumidor alagoano paga (muito caro, por sinal) no fornecimento de energia precário.

Para isso, existem audiências públicas, CPIs e visitas à empresa para cobrar ações mais concretas. Do contrário, a Equatorial vai continuar prestando o mesmo desserviço aos alagoanos.

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