Palmeira: Uma Câmara de compadrio

29/06/2020 08h08

De longe imaginar que somente o parlamento de Brasília nos envergonha, pois sabemos que as imoralidades são com “competência” bem copiadas nos estados e municípios. É uma situação indescritível que domina, em todas as dimensões, os poderes que deveriam representar o povo e fiscalizar, em seu nome, as ações e gastos públicos dos gestores. Para o exercício do que eles chamam “governo de coalisão” há na verdade um podre e asqueroso balcão de negócios que em nada se coaduna com os princípios constitucionais da moralidade, legalidade e impessoalidade.

Ao pesquisar a administração desastrosa do município de Palmeira dos Índios (AL) pode se perceber o tamanho desse descalabro decorrente de um escandaloso compadrio entre vereadores e prefeito. Vejamos: a vereadora Adelaide França (PSB), tem sua filha, Ana Luiza França, como secretária do Meio Ambiente; vereador Madson Monteiro (PSB) tem o pai Luciano Monteiro como secretário de Agricultura; Ronaldo Raimundo Filho (PROS), o pai, Ronaldo Raimundo é secretário de Assistência Social; vereadora Joelma Toledo (PSB), o marido Alberto Toledo é secretário de Infraestrutura; vereador Cristiano Ramos (PDT), o primo Manasses Ávila é secretário de Educação.  Todos, provavelmente, cujas aptidões técnicas se encontram embasadas no QI político e nos respectivos DNAs.

Não bastassem esses exemplos escabrosos há ainda aqueles que segundo informações fizeram inúmeras indicações para servidores no segundo e terceiro escalão, ou mantêm contratos de carros, máquinas e outros equipamentos.

A fonte me assegurou que entre os 15 vereadores do município apenas um não participa do saudável compadrio palmeirense.

E o povo tolo continua votando em um bando de irresponsáveis e cometendo o equivoco da escolha a cada eleição.

O exemplo está ai, mas a prática é nacional e nada acontece com essa gente transgredindo nas barbas do Ministério Público e do Judiciário.