Eles reformam, a gente se ferra

31/07/2020 08h08

Está ai a Reforma Tributária proposta pelo governo federal para ser discutida e aprovada pelo Congresso. Já está evidente que as maldades e comprometimento com setores poderosos estão na pauta do ministro Paulo Guedes, privilegiando bancos (coitados) e grandes empresas. Em ano de eleição há uma reação natural na Câmara e no Senado.

Não podemos mais fazer remendos no nosso sistema tributário. Ao invés de discutir a recriação da CPMF, o Congresso Nacional deveria se ocupar em acelerar a tramitação da PEC 233, que trata da reforma tributária. Entre os seus pontos básicos está a proposta de acabar com a guerra fiscal entre os entes da federação.

Precisamos de mais simplicidade e equidade e menos burocracia no nosso sistema tributário. Mas, infelizmente, os governos tendem a concentrar a sua agenda legislativa em formas alternativas de assaltar o bolso do contribuinte.

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, comentou a proposta enviada pelo governo na terça-feira (21) e rejeitou qualquer tentativa de instituir um tributo parecido com a antiga CPMF, que incidia sobre movimentações financeiras.

“Abrir o teto de gasto, criar um novo imposto para ter receita para gastar olhando a eleição, aí já desorganizou tudo que está sendo construído”, afirmou.

“Nosso grande desafio do próximo ano é sentar em cima do teto de gastos e não deixar ninguém mexer, porque as tentações são grandes, e elas vão gerar aumento de carga tributária ou de dívida, que, no final, acaba sendo paga pela sociedade também, não tem jeito.”