Aliado Calheirista, desde os tempos de Murici, assume comando da Algás

25/08/2020 21h09
Nos bastidores da política, segundo fontes do Blog Kléverson Levy, a saída de Arnóbio Cavalcanti da Algás, como presidente da distribuidora alagoana de gás natural, foi uma decisão pessoal do governador Renan Filho (MDB).
Cavalcanti, aliado de primeira do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), que é pré-candidato a prefeito de Maceió contra o pré-candidato do Palácio República dos Palmares, é um dos "últimos moicanos" (no bom sentido) da sigla pedetista que ainda estava no governo Renanzista.
Na indicação de RF, o amigo desde os tempos de que o governador foi prefeito de Murici, lá em meados dos anos 2000, José Ediberto de Omena, que também presidiu o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Alagoas – Ipaseal.
Qual interesse, segundo assessoria de imprensa da Algás, em nota enviada ao Blog Kléverson Levy:
"A nova diretoria executiva assume com o foco de continuar contribuindo para o desenvolvimento de Alagoas. A partir de 2021 até o final da concessão de distribuição de gás no estado, com término em 2043, a Algás planeja investir cerca de R$ 405 milhões e construir 820 km de rede de gás em obras como o novo Gasoduto Rio Largo – Messias".
Portanto, por trás de tudo isso, claro, há o interesse político-pessoal de Renan Filho comandar uma das autarquias mais importantes do Estado e lucrativa em termos de investimentos no mercado que abrange.
Afinal,  a concessionária alagoana de gás natural tem como acionistas o Estado de Alagoas, a Gaspetro – empresa subsidiária da Petrobras, e a Mitsui Gás e Energia do Brasil. Já o Governo de Alagoas detém 51% das ações ordinárias da empresa e os outros dois sócios têm cada um 24,5% de participação.
Em Tempo: José Ediberto de Omena é o mesmo que esteve na lista da PF que  deflagrou a Operação Sucupira, com o objetivo de apurar a estrutura de um suposto grupo criminoso que estaria atuando na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e no Governo do Estado de Alagoas, promovendo acesso e progressão irregulares ao curso do programa de Mestrado Profissional em Administração Pública (Profiap), favorecendo ilegalmente assessores do governador.
Por fim, o que vale é que o próprio Renan Filho indicou o amigo de infância e longas batalhas na política.

Redes sociais: @kleversonlevy @blogkleversonlevy