Quando a Justiça afronta

11/09/2020 08h08

As cabeças enlouquecidas dos ministros do Supremo há muito chegaram às raias do absurdo, com decisões equivocadas, provocativas e desrespeitosas aos demais poderes, ao povo e a Constituição. Deveriam ser salvaguardas da Democracia e se tornaram um bando de facínoras fazendo um poder ditatorial e abjeto, sem qualquer limite de responsabilidade.

A última face cruel dessa justiça equivocada veio da lavra da ministra Carmem Lúcia dando cinco dias para o Exército explicar sua presença na Amazônia. Pasmem onde chegaram! Faço minhas as palavras do mestre J.R Guzzo em memorável artigo quando diz:

“Os atuais ministros do STF estão numa disputa cada vez mais agitada para ver quem, entre os onze, consegue fazer os piores papéis. Há, é claro, os grandes craques, gente da qualidade de um Gilmar Mendes ou Dias Toffoli, Edson Fachin ou Luís Roberto Barroso – especialmente esse Barroso, que se esforça todos os dias para ser nomeado guardião supremo da virtude no Brasil e, possivelmente, no resto do mundo. Mas sempre há um lugarzinho para a turma da segunda divisão tentar alguma coisa. É o caso da ministra Cármen Lúcia, que andava entregue à pequenez habitual de sua presença na mídia, hoje mais excitada com colegas que falam de “genocídio”, de “dictatorship” etc. É a velha história. Se ninguém está prestando atenção em você, tenha um ataque de nervos; sempre haverá quem pare um pouco para olhar”.

Como se pode admitir que um membro do colegiado da mais alta corte de justiça do país não saiba interpretar o texto da Constituição? Se soubesse não cometeria esse absurdo.

Para mostrar que esse tribunal não tem nada de “supremo” a resposta veio imediata através do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno: “A ministra Carmen Lúcia, do STF, acolheu ação de um partido político e determinou que o presidente e o ministério expliquem o uso das Forças Armadas, na Amazônia. Perdão, cara Ministra, se a Sra. conhecesse essa área, sabe qual seria sua pergunta: “O que seria da Amazônia sem as Forças Armadas?” O vice-presidente Hamilton Mourão em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, disse que “é mais um uso político do STF”.

Um país estarrecido assiste à politização absurda do Supremo Tribunal Federal exatamente na contramão da história.  Até onde vamos suportar tamanha afronta aos brasileiros?