Justiça Bandida

20/12/2020 08h08

A imprensa brasileira noticiou na segunda feira fato de grande repercussão, mas não surpreendente para a sociedade, a prisão de duas desembargadoras do Tribunal de Justiça da Bahia, Lígia Maria Ramos Cunha Lima e Ilona Márcia Reis. Os mandados de prisão temporária, determinados pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes, foram cumpridos pela Polícia Federal (PF) no âmbito das 6ª e 7ª fases da Operação Faroeste, que apura um esquema criminoso de venda de sentenças em meio à disputa de terras no Oeste baiano.

Além delas, também foi determinada a prisão preventiva de Ronilson Pires, operador do juiz Sérgio Humberto Quadros, e o afastamento do cargo e função de todos os servidores envolvidos nestas fases, o que inclui o secretário de Segurança do estado, Maurício Barbosa, e a ex-chefe do Ministério Público estadual, Ediene Lousado

Em março deste ano, a desembargadora Ilona já havia sido alvo de uma investigação interna por conta da Faroeste. Na época, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a composição de uma comissão para apurar a atuação dela em atos criminosos.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, as desembargadoras Lígia Cunha e Ilona Reis, assumiram posição de destaque em atividades criminosas.

Entre os alvos da ação estão, além de magistrados da corte baiana, servidores do Tribunal de Justiça, membro e servidores do Ministério Público do Estado, servidores da Secretaria de Segurança Pública da Bahia e advogados.