No ar, o fantasma do impeachment 

17/05/2021 08h08
Um palácio do Planalto cheio de pecados e culpas está apavorado com o andamento da CPI da Covid, que se vai caminhando no Senado Federal, a cada dia escancarando verdades que deixam seus ocupantes em pânico e um presidente que ao ver reveladas suas mazelas, seu negacionismo e o despreparo para exercer até o cargo de síndico de prédio suburbano. Os trabalhos da comissão estão apenas iniciando e a cada dia surgem fatos e relatos que provam o que sempre se soube, mesmo alguns não querendo admitir: Jair Messias Bolsonaro é o maior engodo da história política brasileira. A tropa de choque do presidente tem se movimentado com afinco nos entornos da CPI e dentro da própria comissão para amenizar os danos que a cada dia alimentam a “bomba” no colo do mandatário. São denúncias contra membros da CPI, arrancadas a fórceps de dento da PGR, ganhando folego até mesmo contra caciques da oposição que não estão fazendo parte do colegiado, apenas como poder de pressão. O senador Renan Calheiros, o temido relator da CPI, lidera o avanço das investigações e se tornou o grande vilão para o Palácio do Planalto. O relator é quem mais entende de regimento no Congresso Nacional, com uma gigantesca liderança entre seus pares e a figura capaz de grandes articulações, fato já provado e comprovado. Bolsonaro está com medo e há sinais eloquentes disso, então começa a fazer insinuações intimidatórias. O fantasma do impeachment está começando a povoar a cabeça de Jair que se vê “desamparado” politicamente, a não ser por uma rede de fanáticos. Ele quer e prenuncia, mas dificilmente as forças Armadas embarcarão nos devaneios e nas exorbitâncias presidenciais.  Se tiver que morrer, morre só.