Brasil, o país dos “vivaldinos”

04/07/2021 08h08

Lamentavelmente somos um país no qual se dá melhor o “vivaldino”, o malandro, o mau caráter. Literalmente em nossa história o mocinho é derrotado pelo vilão. Vejamos, por exemplo, a situação de alguns políticos safados, investigados, processados e alguns até presos por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, estelionato, evasão de divisas, peculato e outros tantos. Um Brasil ingênuo e esperançoso começou a acreditar que tudo tinha mudado ao assistir a prisão de ministros, governadores e até ex-presidentes, além de grandes e milionários empresários, na deflagração da Operação Lava Jato (a maior caça aos corruptos da história da política do país). Não levou muito tempo e a própria operação foi desmoralizada pelo Poder Judiciário, escancarando à nação sua fantasiosa história de mentiras, parcialidade e partidarismo político. Seu líder maior, antes transformado em herói, o juiz Sérgio Moro, movido pela vaidade e desejo de poder, teve sua vida virada pelo avesso e descobriu-se que não passava de um interesseiro, em defesa de um lado, igualzinho aos que condenou e perseguiu. Teve suas principais decisões anuladas pelo STF, que também se mostra uma corte de faz de contas, com ministros denunciados por corrupção, vendas de sentenças e outros crimes, jamais imaginados se perpetrarem em um tribunal superior, onde se supõe ser cenário de altas e republicanas decisões.

E os bandidos como estão? Livres, leves e muitos soltos. As investigações provaram o roubo de bilhões dos cofres públicos, dinheiro destinado a programas sociais, merenda escolar e hospitais para salvar a vida de miseráveis. Em uma visão humanística cometeram “crimes hediondos”. De uma coisa se tem certeza: os soltos e os presos, todos e suas famílias estão ricos. Fica aqui então uma dica para os que querem entrar para a política: Aqui o crime compensa e vale à pena roubar.