Quando a miséria chega a nós

06/10/2021 08h08
Era noite de um sábado quando Zenilda Silvino da Silva, 44, viu que não tinha nada em casa e decidiu enviar uma mensagem pedindo socorro a uma ONG de Maceió. "A gente realmente não tinha o que comer, faltava mesmo", conta Zenilda veio com o marido no início do ano passado de São Paulo para Maceió, mas com a pandemia as coisas ficaram difíceis. "A gente está tendo dificuldade pela falta de serviço, e aí acaba sem nada em casa para comer. Somos diabéticos, e você sabe que diabético não pode ficar muito tempo sem comida. Então acaba faltando as coisas dentro de casa, e a gente não tem muita ajuda das pessoas. Só quem veio ajudar a gente mesmo foram eles", dizem. A entidade que ela procurou se chama Instituto “Amigos da Sopa”. O coordenador da ONG, Tibério Jorge, conta que pedidos assim se tornaram constantes. "Nós ajudamos pessoas cadastradas, são 520 famílias. Mas quase todo dia recebemos pedidos de pessoas que não são cadastradas, sempre pedindo socorro porque não têm comida", diz. Tentamos sempre ajudar porque a fome tem pressa, não pode esperar."