‘Bate-boca’ entre MV e Jó Pereira reflete divisão na ALE e aponta cenário político de 2022

17/03/2022 10h10

Ficou público que o clima entre a deputada estadual Jó Pereira (MDB) e o presidente da Asssembleia Legislativa de Alagoas (ALE), deputado Marcelo Victor (SD) ‘esquentou’ na sessão de quarta-feira (ontem), 16.

Pereira teve negados requerimentos verbais formulados, entre eles, a abertura da galeria para população acompanhar a sessão presencial e da utilização do painel eletrônico nas votações.

Há tempos que a deputada Jó Pereira vem solicitando abrir as portas da Casa para população e também da galeria de acesso ao plenário. O interessante é que há resistência da Mesa Diretora para não liberar.

Porém, a troca de incivilidade aconteceu a todo o momento na sessão ordinária da Casa de Tavares Bastos. Jó teve todas emendas apresentadas rejeitadas pelos colegas deputados estaduais.

Foi o pontapé para o ‘bate-boca’ numa demonstração de que a parlamentar perdeu a voz perante seus colegas. Uma ‘União ALE com MV’ que a própria parlamentar chamou de “divisão de blocos” dos que aprovavam e desaprovavam os Projetos de Leis (PLs) oriundos do Executivo estadual.

Isolada, Jó Pereira sentiu o peso da descortesia do presidente que – até em alguns momentos – também usou de ironia para provocá-la na hora das votações.

Diante da derrota no plenário da Casa, ela (Jó) reforçou que estava votando favorável às matérias que beneficiam os servidores e com respeito aos funcionários públicos (principalmente os da Saúde).

Porém, foi voto vencido em todas emendas! Não passou nada do que ela sugeriu em benefício dos servidores alagoanos.

Afinal, o que ficou claro nessa sessão legislativa de quarta-feira, 16?

Que Jó Pereira, aliada fiel do primo Arthur Lira (PP), não agrada mais seus pares na ALE. Vem causando incômodo na Casa e isso pode ser reflexo dos acordos de bastidores por conta da eleição de 2022.

Por fim, MV – ainda – detém do Poder entre seus colegas e consegue articular – como bem sabe – para aprovar ou não os projetos que eles acharem viáveis – politicamente falando – na Asssembleia Legislativa de Alagoas (ALE).

Afinal, o interesse coletivo na Casa de Tavares Bastos – entre os pares – é mais político e vale mais que o interesse institucional. Há de saber, todavia, que, em qualquer parlamento do mundo, uma minoria fica sem voz e vez.

É isto! #VidaQueSegue