Graciliano e a moral pública

19/05/2022 10h10
Seu Quincas era o homem que cuidava de matar os porcos(vagantes) a mando do Prefeito. Uma tarde Graciliano Ramos ao ver o “Fiscal da Correção” voltar sem nenhum resultado, perguntou, meio arreliado: - Então, não matou nenhum porco hoje? – Nenhum, Excelência. – E não encontrou nenhum porco pelas ruas? - Encontrei, Excelência! – gaguejando: “Encontrei em frente ao Vapor de Algodão, mas os porcos eram do “coronel” Sebastião e não matei Excelência, o senhor entende... seu pai”.-  Enfurecido com o não cumprimento do Fiscal à sua ordem, Graciliano solicitou ao Secretário da Administração a demissão do mesmo: “Seu Marçal, bote esse homem pra fora. Deixou de cumprir as minhas ordens. Prefeito não tem pai. Pena que o prefeito de hoje, em Palmeira dos Índios, em nada se parece a Graciliano. Em tempo, “seu Marçal” era meu avô que ajudou o prefeito na moralização da administração.