Saída de advogada da Comissão dos Direitos humanos provoca ‘racha’ na OAB-AL

25/07/2023 14h02 - Atualizado em 26/07/2023 03h03
Saída de advogada da Comissão dos Direitos humanos provoca ‘racha’ na OAB-AL
OAB-AL - Foto: Assessoria da OAB-AL

De fato, criou-se um clima de animosidade nos corredores da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)) em Alagoas, após a repercussão do caso que envolve a Blogueira Maria Aparecida de Oliveira, presa na última sexta-feira, 21, e a advogada de defesa, Alessandra Wegermann.

Wegermann fazia parte da Comissão de Direitos Humanos da OAB, porém, após colocar em dúvida a ação enérgica da OAB-AL e do Governo de Alagoas para dar uma resposta à imprensa, logo depois de realizar uma visita conjunta, no último sábado (22), à unidade feminina, a advogada se desligou do quadro de representante da Comissão.

A advogada deixou explícita que a situação apresentada pelo Governo de Alagoas e a OAB “romantiza o sistema alagoano” e rebateu que a “apuração foi rápida e rasa”, colocando em questão a visita do final de semana e discordando das respostas oficiais divulgadas na imprensa sobre a ‘agressão’ e situação da presa.

“Não é esse o papel dos direitos humanos, em descredibilizar aquela pessoa idosa presa, mulher e que está em condições de hipossuficiência, dentro do cárcere, e também descredibilizar a sua defesa colocando em xeque como se fosse mentiras”, disse Alessandra Wegermann.

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Por outro lado, toda essa novela, segundo fontes do Blog Kléverson Levy, ocasionou em um ‘racha’ na OAB em Alagoas. O vídeo da advogada provocou a indignação e insatisfação de alguns colegas que foram contra e a favor das denúncias apresentadas por ela.

No entanto, o fato de descredibilizar o trabalho de Alessandra Wegermann e Thiago Pinheiro, ambos na defesa de Maria Aparecida, colocou na mesa de debate uma questão: a própria OAB-AL, por questões políticas ou de interesses políticos e institucionais, fez com que as acusações dos advogados contra o Estado, ao divulgarem na imprensa que houve agressões contra a cliente, deixasse de ser crível para sociedade.

Além disso, jogou para a imprensa alagoana – em poucas palavras – que tudo não passava de “mentiras” ou narrativa criada para defender Maria Aparecida. Inacreditável, mas é raro que a OAB se oponha contra um profissional da Ordem, tentando desconsiderar o trabalho do advogado e desmentir o que havia sido divulgado na imprensa pelos profissionais.

Thiago Pinheiro é advogado da blogueira Maria Aparecida / Foto: Instagram Oficial

Poderes Constituídos


De fato, como já escreveu o Blog Kléverson Levy que não é democrático – em qualquer lugar do mundo – que os Poderes Constituídos estejam interligados ou harmonicamente pelos interesses pessoais/institucionais.

Executivo, Legislativo e Judiciário devem andar distantes – nas decisões, autuações e atuações – para se obter , dignamente, o estado democrático de direito. Quando os Poderes estão irmanados e unidos entre si, de fato, quem perde totalmente é a sociedade que depende de ambos – para resolver os problemas culturais, políticos e sociais.

Por fim, reforço que a saída da advogada da Comissão dos Direitos Humanos provocou um ‘racha’ na OAB. E, finalizando, deixo o texto que foi escrito pelo advogado Thiago Pinheiro em suas redes sociais.

“Não importa se são nossos inimigos. Amanhã poderemos ser nós os inimigos deles. A lei penal deve ser a segurança contra a fúria punitiva. Hoje foi uma jornalista de 73 anos que, certa ou errada, pode ter a morte decretada na prisão. Quem tem medo não venha para essa área. Aguardemos, trabalhando!!”, escreveu Thiago Pinheiro sobre a defesa de Maria Aparecida.

É isto!

E viva a política dos políticos em Alagoas!

#VidaQueSegue