Após enviar à Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), o Projeto de Lei que concede reajuste de 5,79 % para os servidores, o governador Paulo Dantas (MDB) carrega o aumento dado pela sua gestão como “prêmio” conquistado pelos governistas.

Primeiro, quando justifica que “Foi feito um intenso estudo pela equipe econômica do Estado a fim de possibilitar a concessão de um reajuste para que mantivesse as contas públicas em dia”. Segundo, reforçando que “o percentual cobre a inflação acumulada no ano de 2022, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que mede a inflação oficial do país.”

Fica claro que o reajuste apresentado pelo Estado é o que o Executivo pretende dar à categoria e empurrar “goela abaixo” para que aceitem a proposta de “3% (três por cento), a partir de 1º de setembro de 2023, tendo como base os valores pagos em agosto de 2023; e 2,79% (dois vírgula setenta e nove por cento), a partir de 1º de janeiro de 2024″.

Porém, na contramão do que diz o Governo de Alagoas, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) não aceitou a proposta imposta pela equipe do governador. Como explicou o presidente do Sinteal, Izael Ribeiro, que “Chegamos ao limite, agora é greve. Está nas mãos de Paulo Dantas e sua equipe determinar qual o dia que a educação volta a funcionar em Alagoas, 14.95% já!”.

Essa é a proposta real e de valorização, além de outras questões da categoria, que os servidores da Educação em Alagoas almejam em 2023.

Agora, de fato, e, mais uma vez, caberá aos deputados estaduais decidirem a favor ou contra os servidores da Educação no estado. Afinal, sabemos que quando o interesse parte do Executivo estadual, a Casa de Tavares Bastos – apenas – diz Sim! para o desejo do Governo de Alagoas.

Afinal, não é de hoje que Alagoas dá exemplo de como fazer a política acontecer para eles (os que estão no Poder). Desde o dia 01 de fevereiro, a ALE permanece no marasmo político que chega a ser comparada com algumas Casas Legislativas em que há – apenas – indicações, requerimentos e nada de legislar pelos interesses das classes e do povo.

Fato!

Site oficial do Governo de Alagoas destaca manchete sobre reajuste salarial / Reprodução Blog Kléverson Levy

Por fim: o Blog Kléverson Levy vai rememorando Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar”. Já Paulo Dantas, carrega como “prêmio” o famigerado reajuste de 5,79 % para servidores em Alagoas.

Lembrando: o Sinteal – trabalhadoras e trabalhadores da educação em Alagoas – cobra e quer o piso nacional de 14,95%. A Educação estadual em Alagoas entra em greve a partir da próxima quinta-feira, 24.

É isto!

E viva a política dos políticos em Alagoas!

#VidaQueSegue