Em defesa do Hotel Jatiúca em Maceió
A notícia da venda do Hotel Jatiuca pegou muita gente de surpresa não só pela venda em si, mas principalmente pelo que pode se tornar a região.
Mas antes de falarmos do que pode vir a ser, que pelo que se anuncia é catastrófico, preciso fazer um breve histórico de como se deu a implantação do Hotel em Maceió.
O terreno para a construção do hotel foi doado pelo Estado, na época governado pelo saudoso Guilherme Palmeira. Então de início já temos uma questão a ser considerada: o terreno pertence a todos os alagoanos.
O Hotel Jatiúca, graças a doação do terreno e incentivo fiscal do governo de Alagoas, mudou a cara do turismo em Maceió e, por conseguinte, também em Alagoas.
Fazendo uma pesquisa rápida na internet, encontrei um anúncio de venda do hotel pela bagatela de 280 milhões de reais. A falta total de informações acerca da venda do hotel começa a levantar uma série de questionamentos.
O que se fala é que na região serão construídas cinco torres com 20 andares cada, além do estacionamento subterrâneo. A preocupação é grande pois a região está sob risco de desconfiguração, além do crime ambiental que, sem dúvidas, irá acontecer.
Os órgãos de fiscalização precisam estar atentos e fazer valer suas prerrogativas. O Ministério Público Estadual instaurou uma Notícia de Fato para que os órgãos do município, as empresas envolvidas na venda e a construtora responsável pela compra prestem esclarecimentos.
O novo empreendimento trará, a priori, impactos não somente urbanísticos, mas também cultural e turístico.
É preciso transparência, por mais que o plano diretor de Maceió esteja com a validade vencida e que a prefeitura de Maceió venha adiando a apresentação do novo modelo de organização da cidade, ele ainda deve ser respeitado.
A notícia da venda do Hotel Jatiuca pegou muita gente de surpresa não só pela venda em si, mas principalmente pelo que pode se tornar a região.