Na briga política do caso do Dr. JAC (JHC) estão esquecendo o principal da história

23/11/2023 10h10
Na briga política do caso do Dr. JAC (JHC) estão esquecendo o principal da história
Foto: Instagram pessoal

Já ficou bem claro que o caso do médico João Antônio Caldas, o Dr. JAC (JHC), irmão do prefeito de Maceió , João Henrique Caldas, o JHC (PL), tornou-se uma briga política desenfreada de ganhos eleitoreiros para o Palácio República dos Palmares.

Aqui, o Blog Kléverson Levy não será advogado de defesa ou acusação para dizer quem está errado ou não. Afinal, bateu em mulher – o que é pior ainda – tem que pagar pelo erro. Homem que agride mulher, seja rico, pobre, famoso, irmão de prefeito… seja lá quem for, tem que ir preso e ser punido como preconiza nas regras da Lei Maria da Penha.

Está claro no Art. 2º da LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006: “Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social”.

Quanto aos fatos políticos discutidos nas sessões da Câmara de Vereadores de Maceió e Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), que elevou o tema – apenas – pela prisão dos militares sobre a ordem dada pelo governador Paulo Dantas (MDB), por exemplo, demonstra como tem agido a classe política e/ou políticos em defesa dos grupos políticos.

Cada um sabe e conhece muito bem o parlamentar de oposição ou situação, bem como, contra ou a favor de JHC e Dantas. É explícito nas sessões dos Poderes Legislativos. Por outro lado, vale destacar que na Casa de Mário de Guimarães, apenas a vereadora Teca Nelma (PSD) saiu em defesa das mulheres vítimas de violência doméstica. Nelma, inclusive, se disse preocupada com a tamanha normalização da violência contra a mulher.

Outrossim, seja Governo do Estado ou Prefeitura de Maceió, na briga política do caso do Dr. JAC (JHC) estão esquecendo do principal: a vítima. Alguém já procurou saber como está a vítima, os traumas, pressões e sabe-se lá o que está acontecendo ao seu redor?

Pois é, enquanto discutem prisão de militares, se o agressor teve culpa ou não, mais mulheres continuam sendo vítimas de homens covardes. Daqui em diante, após esta postagem, veremos quem mais poderá sair em defesa da vítima e deixar de politizar uma situação traumática para ganhos políticos e fins eleitoreiros.

De fato, estão esquecendo que a vítima é o prinicipal instrumento que deve ser resguardada de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. É preciso JUSTIÇA. Politizar, não! Chega de querer ganhar com a desgraça alheia. Vamos tratar do caso sem politicagem e mesquinhez.

Por fim, a vítima precisa ser o principal centro das atenções para “assegurar o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”. Lei é Lei!

É isto!

Não viva a política dos políticos em Alagoas!

#VidaQueSegue