Ditadura derrotada
“Não, não concordo. E, enquanto eu estiver vivo, isso não acontecerá." Estas teriam sido as palavras ditas pelo capitão-paraquedista Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, conhecido como Sérgio Macaco, a seu superior, o brigadeiro João Paulo Burnier em 12 de junho de 1968. Na mesa de Burnier estava um ousado plano que deixaria pelo menos 10 mil mortos no Rio - e a culpa seria atribuída "aos comunistas".
Burnier previa explosão de bombas em alvos específicos como lojas, agências bancárias e a sede da embaixada americana e tinha uma lista de 40 personalidades de oposição que deveriam ser sequestradas e lançadas, de avião, no meio do oceano - entre os nomes, o cardeal d. Helder Câmara, o ex-presidente Juscelino Kubitschek e o ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda.
A bomba do Riocentro, em 1981, planejada para explodir, matar e causar pânico incriminando a esquerda, foi o início da derrocada da Ditadura Militar. Como o capitão Sergio Macaco, muitos heróis brasileiros, confrontaram a repressão assassina,