Tia Júlia: a insistência política de quem quer continuar um projeto de Poder

07/08/2024 14h02
Tia Júlia: a insistência política de quem quer continuar um projeto de Poder

A história política atual leva a cidade dos índios xucurus-kariris para uma análise relativa ao que vem ocorrendo em 2024. É fato que nenhum prefeito que passou pelo Executivo, seja eleito (quando tinha apenas 1 mandato) ou reeleito, conseguiu fazer um sucessor na Prefeitura.

A eleição deste ano se tornou atípica e diferente de outros pleitos que já passaram. Isso porque o atual prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar, o “Imperador” (MDB), gostou tanto da cadeira em que se eleva como “Imperador” que pretende continuar – em 2025 – ordenando seus atos administrativos.

Tia Júlia, a candidata do gestor palmeirense, demonstra o porquê entrou nessa seara farsante que é uma disputa eleitoral. Para além disso, está cada vez mais claro que a indicação de JC é uma verdadeira insistência política de quem quer continuar como farsante no cargo de prefeito.

Todos sabem que Júlia é – apenas – uma marionete (com todo respeito à ela) que será comandada por Júlio que, notadamente, não se desprendeu das barbatanas do Poder, do cargo, do meio da bajulação e dos dividendos que um gestor acumula no comando de uma Prefeitura.

Não estou aqui, até pelo fato de não conhecê-la, criticando Tia Júlia de Júlio. Mas é claro que a Tia Júlia está sendo jogada nesse imbróglio para tentar, caso seja eleita, manter a altivez, a soberba e a jactância do sobrinho. Como candidata, não como cidadã, vale ao eleitor perguntar sobre sua capacidade administrativa e política para comandar Palmeira. Qual discurso? Quais projetos? Quais propostas?

Também não estou me antagonizando à Tia Júlia por suas questões etárias. Não é pelo fato da idade ou ser aposentada. A candidata do prefeito de Palmeira dos Índios é uma imposição política do grupo que demonstra a insaciedade de Poder – depois oito anos dentro do Executivo – para querer continuar usando a senhora tia como marionete para permanecer “mamando nas tetas” de uma cidade tão importante para Alagoas.

É inadmissível que em pleno século 21, diante da tecnologia e das redes sociais, ainda exista político que age como gestor de outrora: aquele como coronel e que conseguia eleger – não é histórico de Palmeira – qualquer pessoa que indicasse. Os palmeirenses nunca votaram pela manutenção do Poder – independente dos prefeitos aprovados que passaram pelo comando do município. Tia Júlia: é a insistência política de quem quer continuar um projeto de Poder.

Em 1996… a década de 90!

Palmeira nunca foi capaz de eleger, de fato, um sucessor do gestor. Sempre mudou! Mesmo que com o voto errôneo da década de 90. Na eleição de 1996, Maria José de Carvalho Nascimento, a “Mazé”, venceu o pleito contra os grandes caciques da política da Princesa do Sertão. Tia Mazé derrotou, de uma só vez, o ex-prefeito da cidade Gileno Sampaio, Fernando Duarte (hoje ex-deputado estadual) e o candidato da situação – à época – o médico Pedro Gaia. Todos os três postulantes oriundos de famílias tradicionais foram “extirpados” do Poder.

De 1997 até 2000, o povo palmeirense experimentou de uma prefeita (infelizmente, de caneta e mandato) que não sabia o que faziam na sua gestão, sendo considerada uma das piores administrações que passaram pela cidade. Comparando com o que almejam para o próximo ano, Mazé foi julgada, até que injustamente, por não ter domínio e comando para o que foi eleita. Palmeira sabe quem eram os chefes do Poder Executivo à época.

Não merecemos voltar ao tempo depois de passar pela provação.



Foto: Arquivo Blog Kléverson Levy

Sou Palmeirense raiz!

Meu maior orgulho, enquanto filho palmeirense, é dizer que nasci numa terra com filhos ilustres de artistas, escritores e grandes políticos, a exemplo de Jofre Soares, Jacinto Silva, Waldemar de Souza, Luiz Torres, Tenório Cavalcante, Monsenhor Macedo, Enéias Simplício, Minervo Pimentel, Noé Simplício e várias personalidades da história palmeirense.

Cidade que também foi administrada pelo grande escritor Graciliano Ramos, a “Princesa do Sertão” – como sempre foi conhecida – se tornou a quarta (4ª) maior de Alagoas e tem aproximadamente 72 mil habitantes (exatos 71.574 moradores segundo dados do IBGE/população de 2022).

O município desfruta de um potencial cultural, turístico e econômico para quem sabe aproveitar suas riquezas. Politicamente, a história do município sempre permaneceu nas mãos de famílias influentes que passaram anos no comando municipal. É fato!

No entanto, em 2024, o eleitor palmeirense pense no futuro da cidade e dos filhos da terra. Não estou aqui defendendo candidatos A, B ou C. Apenas mostrando que o povo tem livre arbítrio para escolher quem quiser. Sem perseguição, sem política ditatorial e sem ingerências administrativas/políticas. A cabine de votação é o eleitor e a urna.

O voto é livre. O povo é soberano. Escolha quem possa fazer algo pela cidade, o futuro e não se submeter a ser dominada pelos interesses próprios, pessoais e, principalmente, políticos. Interesses de um prefeito que quer continuar sendo chamado de “Imperador”. Isso não é democracia. Não é pelo POVO. É um projeto de PODER.


Foto: Tribuna do Sertão

Que o resultado de 2024 seja de aprendizado obtido pelos erros do passado. Como reitero: Que possamos ver nossa querida Palmeira dos Índios – onde nasci, cresci e um dia retornarei – com um futuro melhor para todos que vivem nela.

“Oh, minha Palmeira! Sejas sempre idolatrada Dentro em nosso coração. Tu, Palmeira abençoada, A Princesa do Sertão…

É isto!

E viva a política dos políticos em Alagoas!

#VidaQueSegue

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