Os sonhos que desenhamos

27/12/2024 02h02
Os sonhos que desenhamos

Em meio à poeira do tempo que se acumula ao longo de doze meses, dezembro nos dá a chance de limpar o espelho e olhar para frente. O ano novo é como uma tela em branco, e cada um de nós, com nossas cores, traça os contornos de nossos sonhos.

Para 2025, os sonhos são variados. Uns sonham com estabilidade, outros com mudanças radicais. Em um Brasil de novas gestões municipais, a perspectiva de transformações desperta tanto entusiasmo quanto desconfiança. Cada prefeito, cada vereador, carrega em suas mãos as linhas que podem redesenhar o destino de suas cidades.

Mas não são apenas eles os artistas desse quadro. Cada cidadão também empunha um pincel. Os sonhos de uma cidade não são apenas responsabilidade de quem governa, mas de quem vive nela. Que 2025 seja o ano em que aprendamos a desenhar juntos, com menos divisões e mais colaboração.

Sonhar também é um ato de coragem. Significa projetar um futuro mesmo quando o presente é incerto. Significa acreditar que o esforço de hoje vai valer a pena amanhã. Em cada esquina do Brasil, pequenos sonhadores plantam ideias que podem se tornar soluções reais. E é nesse entrelaçar de sonhos individuais e coletivos que reside o verdadeiro potencial do ano novo.

Ainda assim, cabe uma pergunta essencial: estamos prontos para transformar nossos sonhos em ação? Um sonho que não encontra movimento não passa de um devaneio. Que cada um de nós, em 2025, encontre motivação para sair da inércia, para contribuir, para somar. Que possamos trocar a esperança passiva pela esperança ativa, aquela que age, que insiste, que constrói.

Talvez o maior sonho para o ano novo seja esse: aprender que não precisamos sonhar sozinhos. Que possamos encontrar no outro uma extensão de nós mesmos, uma chance de criar um futuro mais bonito e mais justo. Porque, afinal, os sonhos só se realizam plenamente quando compartilhados. E 2025 está logo ali, esperando para ser desenhado.