Os resultados alcançados com a ação serão debatidos a partir da próxima terça-feira (24), durante a I Reunião Nacional do PARA. Tendo Maceió como sede, o evento segue até a sexta (27), no Hotel Jatiúca, e tem como objetivo fazer um balanço de 2011, além de discutir o planejamento para este ano e os impactos causados pelo uso da substância tóxica.

Na ocasião, também irá ocorrer um treinamento sobre o Sistema de Informação e Gerenciamento de Amostras (Sisgap), que permite o acesso de todos os envolvidos diretamente com o programa e o monitoramento dos produtos enviados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O encontro contará ainda com palestras e debates por grupos de trabalho.

Segundo a coordenadora do PARA, Edleuza Rodrigues, o momento será importante para definir as ações prioritárias para 2012. “O planejamento deste ano já foi iniciado, inclusive com as coletas de alimentos para análise, mas vamos reforçar isso e discutir novas ações. Também vamos discutir a presença de resíduos de agrotóxicos e os avanços com relação a isso”, diz.

Ela ressalta que a escolha de Alagoas como sede do evento aconteceu devido aos bons resultados alcançados pela Sesau. “O trabalho eficiente da equipe do Programa de Análises de Resíduos e da Vigilância Sanitária, que vem mantendo os níveis de agrotóxicos menores de 2%, já foi elogiado nacionalmente e os outros estados mostraram interesse em conhecê-lo”.

Análises

Em Alagoas, as análises dos alimentos acontecem todas às segundas-feiras – os estados podem escolher de segunda a quarta para realizar o trabalho. A coleta é feita em 25 supermercados de pequeno e médio porte e a escolha dos mantimentos fica a cargo da Anvisa, que muda as variedades a cada três meses. No primeiro trimestre de 2012, os escolhidos foram abacaxi, cenoura e laranja.

”Recolhemos amostras desses alimentos e enviamos para o laboratório, definido também pela Agência de Vigilância Sanitária, para avaliação dos níveis de agrotóxico. Nessa reunião, vamos ver também se passamos a realizar coletas nas Centrais de Abastecimentos (Ceasas)”, explica Edleuza Rodrigues, acrescentando que todas as unidades federativas recolhem os mesmos produtos.

Ela também destaca a importância do controle, já que não há como eliminar as substâncias tóxicas. “A lavagem, mesmo com água sanitária, é apenas uma questão de higiene, pois ela não retira os agrotóxicos presentes em frutas, legumes e verduras. Por isso a relevância dessa análise, já que os agrotóxicos são muito perigosos e podem causar várias doenças e até mesmo infertilidade”, diz a gerente.