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Vacinação é a principal intervenção preventiva em saúde pública para a gripe

19/04/2012

        As infecções respiratórias constituem um conjunto de doenças comumente relacionadas aos idosos e crianças de 6 meses a menores de 2 anos, sendo o vírus da influenza – infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório – um dos principais agentes etiológicos, responsável por 75% dessas infecções.

Com sintomas semelhantes ao do resfriado, o vírus da influenza pode ser transmitido por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, após contato com superfícies contaminadas.

De acordo com a coordenadora do Programa de Vacinação da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), Denise Castro, a maioria das pessoas infectadas se recupera dentro de uma a duas semanas sem a necessidade de tratamento médico. No entanto, nas crianças muito pequenas, idosos e portadores de quadros clínicos especiais, a infecção pode levar a formas clinicamente graves, pneumonia e morte. Pensando nisso, a principal intervenção preventiva em saúde pública para esse agravo é a vacinação.

A Organização Mundial de Saúde estima que há no mundo cerca de 1,2 bilhões de pessoas com risco elevado de complicações por gripe. Em Alagoas, 471.518 pessoas compõem a população alvo. Desse número, 276.763 são idosos com 60 anos e mais, inclusive os institucionalizados (asilos, casas geriátricas e casas de repouso); 83.198 crianças de 6 meses a menores de 2 anos; 55.465 gestantes; 41.029 trabalhadores de saúde das unidades que fazem atendimento para influenza; e 15.063 população indígena.

A coordenadora estadual ratificou, pela Nota Técnica do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI/MS), a importância da vacinação na redução da morbimortalidade causada pelo vírus da influenza e na contribuição para a redução de internações hospitalares e dos gastos com medicação para o tratamento de infecções secundárias.

A Nota Técnica mostrou que a vacinação reduz em cerca de 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, e de 39% a 75% da mortalidade global. Entre os residentes em lares de idosos, pode reduzir o risco de pneumonia em aproximadamente 60%, e o risco global de hospitalização e morte, em cerca de 50% a 68%, respectivamente. Referem ainda à redução de mais de 50% nas doenças relacionadas à influenza.

Doenças Crônicas – O PNI disponibiliza ainda a vacina influenza para os grupos de pessoas que apresentam condições que justifiquem a utilização dos imunobiológicos especiais disponíveis nos Centros de Referências para Imunobiológicos Especiais (CRIE), que, em Alagoas, funciona no Hospital Universitário.

Este ano, a vacinação será ampliada para a população prisional, devido as condições de habitação e confinamento deste público colaborarem para uma maior vulnerabilidade frente às doenças imunopreveníveis.

CAMPANHA DA INFLUENZA – De 5 a 25 de maio será realizada a 14ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. O Ministério da Saúde destinou o recurso de R$ 403.278,21 para a campanha, que visa atingir a meta de 80% (471.518 vacinas). Nos 102 municípios alagoanos são cerca de 3.400 profissionais envolvidos, 670 veículos e 1.000 salas de vacina.

A coordenadora Denise Castro informou que haverá mobilização e participação ampla de todos os segmentos da sociedade, além do acompanhamento dos planos de ação nos 102 municípios e os monitoramentos rápidos em campo, nas áreas de baixas coberturas, para auxiliar na identificação das barreiras. A vacinação nas áreas de difícil acesso vai iniciar na semana que antecede o dia D da Campanha (30/04 a 04/05).