Geral
Doação de terreno à Caixa Econômica gera polêmica em Arapiraca
03/05/2012
No último dia 3 de abril, a Câmara Municipal de Arapiraca aprovou, em caráter de urgência, a doação de um terreno localizado ao lado do Centro Administrativo, para a construção da superintendência da Caixa Econômica Federal no interior. A atitude dos vereadores tem causado polêmica na cidade, principalmente por conta do período eleitoral.
Na década de 90, na gestão do então prefeito Severino Leão, foi feito um empréstimo milionário para a construção da CEASA que, posteriormente, se transformaria num grande elefante branco. Na época, o financiamento foi feito pela própria Caixa Econômica Federal.
O terreno, hoje avaliado em torno de R$ 20 milhões foi loteado para construção de um shopping center e, agora, para construção da sede do banco. Pelo fato do Município ter passado 15 anos pagando a dívida, muitos questionam a bondade dos vereadores, que do dia para a noite resolvem presentear uma das instituições mais ricas da América Latina.
A discussão sobre a aprovação do projeto vinha se arrastando há algum tempo. Em duas oportunidades anteriores a votação foi suspensa, para que a bancada do PSD, atualmente a maior bancada da Casa, decidisse sobre a doação do terreno. O projeto foi rejeitado ano passado devido aos vereadores da oposição terem conseguido derrubá-lo durante a votação. Na época da discussão, a oposição cobrava uma contrapartida da Caixa Econômica Federal para o município de Arapiraca, visto que o imóvel que seria doado custa, hoje, um valor considerável no mercado.
Numa das sessões, o vereador Moisés Machado reclamou que o caráter de urgência, regime pelo qual o poder executivo tinha enviado o projeto, exclui a discussão do mesmo dentro das comissões da Casa, e que diante deste fato, impossibilita aos vereadores de conhecerem a fundo à doação do imóvel.
Após a aprovação do projeto, no início do mês passado, vereadores do PSD exigiram uma contra partida por parte da Caixa. O grupo defendeu, ainda, a construção de uma escola de tempo integral ou até mesmo, creche ou uma unidade de saúde, algo que ficou para ser discutido em um projeto de parceria futuro. A equipe de reportagem do site Tribuna do Agreste tentou fazer contato com o presidente do Legislativo, vereador Adalberto Saturnino, mas não obteve êxito.
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